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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Reportagem News Cientist: Como a economia está destruindo a terra

A revista News Cientist fez uma reportagem especial com vários especialistas, das áreas econômicas, filosóficas e ambientalistas, sobre como a economia está matando o meio ambiente, e traça perspectivas para o futuro, além de fazer um interessante estudo sobre como seria um sociedade vivendo com limites de crescimento.
O texto é em inglês está dividido em vários links a partir deste aqui:
Boa leitura!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Aos Mestres com carinho...


El@ divide o seu tempo,

Caminha, despertando sabedoria,

é parceir@ da alegria de tantos.

Abre portas de um novo amanhã,

Questiona a vida e desperta uma realidade.

Nas fórmulas, de raciocínios e regras.

Mestre!

Que estende a mão,

tem o diálogo da nova caminhada

para a aventura da vida.

Faz germinar a missão de ensinar não só letras,

Mas, paz, esperança, solidariedade e coragem,

Para um novo amanhã que virá.

Um exemplo para vencer na vida.

As lições permanecem: alguém que supera a dor,

que é lembrança, razão e o progresso,

superando o cansaço a preocupação.

Apenas uma luz, em suas mãos, um livro, uma pintura.

Em seu olhar, a alegria de uma poesia.


Feliz dia 15 de outubro, Dia do Professor!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Convite ITAIPU Binacional - V Cultivando Água Boa‏


sexta-feira, 10 de outubro de 2008

ECOSSISTEMA DE UMA SÓ ESPÉCIE‏

Descoberto em mina da África ecossistema de uma espécie só

Dentro de uma mina de ouro da África do Sul, numa fenda da rocha cheia de água, a 2,8 km de profundidade, vive a bactéria Desulforudis audaxviator - e mais ninguém. Longe da luz do sol e sem nenhuma outra criatura para lhe servir de alimento, a audaxviator ("viajante audaz", em latim: o nome é citação de uma frase latina que aparece em Viagem ao Centro da Terra, de Jules Verne) usa a radiação do urânio presente nas rochas como fonte de energia e os minerais e gases dissolvidos na água como matéria-prima para produzir tudo de que precisa, inclusive mais cópias de si mesma. Trata-se do primeiro ecossistema completo de uma espécie só já encontrado.
"Ela constrói moléculas orgânicas incorporando carbono inorgânico e nitrogênio da amônia e nitrogênio elementar", explica o cientista Dylan Chivian, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos EUA, principal autor do artigo que descreve a descoberta, publicado na edição desta semana da revista Science. "A biodensidade na fenda é baixa demais para que as bactérias vivas consigam reciclar o material das células mortas".
A independência da bactéria em relação às demais formas de vida da Terra é tamanha que se algum tipo de catástrofe, como uma guerra nuclear, eliminasse toda a biosfera terrestre, a audaxviator provavelmente nem se daria conta. "Se a catástrofe não perturbasse a crosta a uma profundidade de 2,8 km, onde ela está vivendo, sim, ela continuaria", diz Chivian.
Com a exceção da audaxivaitor, todos os demais seres vivos da Terra dependem de outras formas de vida para continuar existindo: animais precisam do oxigênio gerado pelas plantas, plantas precisam de animais para polinização e de bactérias para fixar nitrogênio, bactérias precisam da matéria orgânica gerada por animais e plantas para se alimentar. Mas a descoberta da audaxviator indica que esse arranjo não é obrigatório, e pode não se repetir em outros planetas."
O estilo de vida dessa bactéria prova que vida pode existir sem precisar da interdependência entre organismos, e que vida pode existir sem ser baseada em energia solar", diz Chivian. "O fato de que comunidades não são necessárias tem implicações profundas para a vida em outras partes do Universo".Mas, diz o cientista, o fato de a audaxviator ser auto-suficiente hoje não significa que ela tenha evoluído sozinha. De acordo com os autores da descoberta, seu genoma, que contém genes capazes de desempenhar todas as funções de um ecossistema, foi montado com "doações" de outras criaturas.
Por meio de um processo chamado transferência horizontal, microorganismos conseguem trocar material genético entre si, mesmo sem manter relação de descendência. A audaxviator, por exemplo, parece ter assimilado genes de arqueanos - uma linhagem de seres microscópicos ainda mais primitiva que a das bactérias. "Isso sugere que a evolução de um colonizador tão flexível pode acontecer melhor em um planeta rico, com diversidade de organismos, em vez de com uma linha só, evoluindo suas capacidades em isolamento", diz Chivian.
(Fonte: Carlos Orsi/ Estadão Online)




terça-feira, 7 de outubro de 2008

Resenha

Resenha do livro: O Canto do Dodô, Biogeografia de ilhas numa era de extinções. Por Vagner Carlos Canuto.
Holden Caulfield, o deslocado e irrequieto personagem de J. D. Salinger em “O apanhador no Campo de Centeio”, lá pelo início do clássico se sai com uma frase memorável: “bom mesmo é o livro que quando a gente acaba de ler fica querendo ser amigo do autor, para se poder telefonar para ele toda vez que der vontade. Mas isso é raro de acontecer”. Pois foi exatamente essa a sensação que tive ao finalmente postar O Canto do Dodô, do jornalista-ecólogo David Quammen, sobre minha mesa de cabeceira e sentir ao alcance de meu esterno aquele caroço oco e vazio típico de momentos de uma missão cumprida e de vida além das letras e das janelas da casa. Foi como um desses momentos melancólicos de despedida pelo qual, cedo ou tarde, todos passamos nessa vida.
Em suas quase 800 páginas Quammem dá uma lição de conhecimento, engajamento e paixão profissional, além de um humor verídico ao retratar como nenhum outro o percurso da ecologia e da biogeografia dos últimos 150 anos. De Darwin e Wallace a Michael Soulé, o renomado biólogo proponente da disciplina da Biologia da Conservação, ninguém ficou de fora: Frank Preston, Edward Wilson e MacArthur e os pressupostos fundamentais da Teoria da Biogeografia de ilhas; Gilpin, Simberloff, Bierregaard e Jared Diamond, com suas discussões incansáveis sobre tamanhos de áreas protegidas (um debate científico fervilhante que na década de 1980 ficou conhecida pela sigla SLOSS, Single Large or Several Small); além de Ted Case, Willian Newmark, Thomas Lovejoy e seu projeto de Dinâmica Biológica em Fragmentos Florestais na Amazônia brasileira e Mark L. Shaffer e sua teoria sobre população viável mínima. E por aí segue já se imaginando o que podemos encontrar pela frente diante de cientistas tão renomados. E deles, tampouco suas indagações científicas mais intrigantes ou suas personalidades mais íntimas também deixaram de serem narradas. E Quammen esteve em todos os cantos por onde cada um deles passou, sofreu, aprendeu, errou e revolucionou com suas teorias, suas ações em prol do mundo natural e seus escritos que mudaram rumos das ciências e da conservação; de Galápagos à Amazônia Central; da bioestatística ao trabalho de campo mais árduo em mangues e em florestas tropicais repletas de Biriguis leishmaniosos e aranhas provocadora de febres e fobias. Quammem confessa, sofre de aracnofobia. Uma incompreensão que lhe garantiu charme e talvez um ponto a mais nesses casos de epopéias.
Mas não se engane pelo título, o Dodô (Raphus cucullatus), a ave que é o maior símbolo moderno das extinções provocadas pela espécie humana é apenas uma metáfora. Embora o assunto sobre extinções de espécies seja o tema central do livro, a narrativa vai além de um simples relato de inescrupulosos navegadores portugueses e holandeses depenando e grelhando até a extinção uma ave de uma ilha distante incapaz de voar.
Fora do mundo acadêmico e mesmo dentro dele, a Biogeografia de ilhas e suas correlatas, principalmente a Ecologia e a Biologia evolucionária, assim como a Biologia da Conservação, são temas tão sinuosos que é difícil até mesmo para um profissional articulado achar a ponta do novelo. Mas em o Canto do Dodô, David Quammen conseguiu o que Manoel Bandeira tão perfeitamente usou para definir Cecília Meireles: foi “libérrimo e exato”. Todos os modelos, todos os padrões e todas as definições que debruçada e apaixonadamente demoramos anos decifrando como partes de um hieróglifo, ali se torna claro e inteligível. É sem dúvida um livro para leigos. Mas não só; a obra lançada só agora no Brasil data de 1996, quando foi lançada nos E.U.A. e também balançou o mundo acadêmico pela sua narrativa cativante e sua aparente simplicidade. É antes de tudo um livro de aventura, uma aventura apaixonante, científica e acima de tudo fantástica pelos meandros do mundo natural, seus lugares mais insólitos e seus heróis mais vigilantes.

Vagner Carlos Canuto faz pesquisas no âmbito da biologia da conservação.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Gestão de Áreas Protegidas

A UICN, União Internacional para a Conservação da Natureza, publicou recentemente um livro sobre a gestão de diferentes categorias de áreas protegidas, em função dos seus objetivos de conservação e de um conjunto de outros parâmetros ambientais, sociais e econômicos.

Este livro intitula-se "Guidelines for Applying Protected Area Management Categories" e os interessados poderão obter gratuitamente a versão digital deste documento a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2531&lang=pt

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pobreza e Conservação: paisagens, povos e poder‏

A IUCN/UICN publicou em 2008 o livro "Pobreza y Conservación: Paisajes, Pueblos y Poder" no qual se analisa e discute como contribuir para a conservação da natureza e, ao mesmo tempo, para a redução da pobreza e para uma maior justiça social.
Neste documento é enfatizada a importância de encontrar mecanismos econômicos que assegurem uma relação harmoniosa entre conservação e desenvolvimento, de forma a garantir um futuro sustentável.

Os interessados poderão obter a versão digital deste livro a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2441&lang=pt

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Gestão de bacias transfronteiriças e áreas prioritárias de conservação‏

Valdir Steinke disponibilizou na plataforma Pluridoc a sua tese de doutorado em Ecologia, a qual constitui uma contribuição para a gestão partilhada de bacias hidrográficas transfronteiriças, tendo por objetivo principal a identificação de áreas prioritárias de conservação. Neste trabalho considerou como estudo de caso a bacia hidrográfica da Lagoa Mirim (Brasil-Uruguai), região de particular importância para as aves aquáticas migradoras.

Esta tese intitula-se "Identificação de Áreas Úmidas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade na Bacia da Lagoa Mirim (Brasil-Uruguai): Subsídios para Gestão Transfronteiriça" e os interessados poderão obtê-la gratuitamente a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2438&lang=pt

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Workshop: Manejo e Conservação de Cavernas


"Estratégias para conservação de áreas cársticas e áreas prioritárias para conservação de cavernas no Brasil"
Considerando-se a discussão que tem se acentuado nos últimos anos, sobre as alternativas de proteção e manejo de cavernas no Brasil, Curitiba vem sediar um novo evento para debater esse tema. Iniciando com um resgate do processo de evolução da legislação e do conhecimento sobre os ambientes cavernícolas, o objetivo do encontro é fomentar a ampliação do debate entre espeleólogos e especialistas.Também está previsto um novo debate sobre os métodos de avaliação da relevância de cavernas, tema de grande interesse para a comunidade espeleológica, para a iniciativa privada e para o governo.

Assim, o GEEP-Açungui, em parceria com a Redespeleo Brasil vem realizar o Workshop de Manejo e Conservação de Cavernas - Estratégias para conservação de áreas cársticas e áreas prioritárias pra conservação de cavernas no Brasil, com abrangência nacional, visando ampliar a discussão sobre o tema entre órgãos públicos, empresas privadas, espeleólogos, estudiosos e interessados.

Data:
24 a 27 de outubro de 2008
Local:
Sede Crea-PR - Curitiba – PR
Rua Dr. Zamenhorf, 35 – Alto da Glória – Curitiba - PR

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES: www.redespeleo.org.br

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Análise do Espaço Rural de uma região metropolitana‏

Luiz Gilberto Bertotti da Universidade Estadual do Centro-Oeste, e colaboradores, disponibilizaram na plataforma Pluridoc dois interessantes artigos onde é analisado o espaço rural da região metropolitana de Curitiba, considerando a sua multidimensionalidade e complexidade, e onde são analisados os conflitos gerados pela competição pelo uso da terra, particularmente os conflitos ambientais daí resultantes.

O acesso a estes documentos é gratuito e os interessados poderão obtê-los a partir dos seguintes links:

- "O Rural da Região Metropolitana de Curitiba sob a Ótica Interdisciplinar: Multidimensional e Complexo"http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2336&lang=pt

- "O Estudo da Paisagem Rural na Análise das Interações Sociedade-Natureza: Sublinhando Conflitos Ambientais no Uso da Terra de Três Municípios da Região metropolitana de Curitiba"
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2346&lang=pt

terça-feira, 9 de setembro de 2008

US$ 1 milhão para projetos sustentáveis no Cerrado

5/9/2008Agência FAPESP – O Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-Ecos) destinará cerca de US$ 1 milhão para projetos de uso sustentável da biodiversidade e fortalecimento de comunidades tradicionais no Cerrado.
Os recursos serão doados a organizações civis sem fins lucrativos, escolhidas por meio do edital divulgado esta semana pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). O prazo final para o envio das propostas é o dia 13 de outubro.
Cada entidade poderá concorrer a projetos de até US$ 35 mil para iniciativas inéditas. Serão contemplados projetos no bioma Cerrado e nas áreas de transição para Caatinga, Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal.
As organizações que já possuem experiência ou projetos com resultados e impactos positivos comprovados e que possam ampliar a escala de sua atuação poderão pleitear até US$ 50 mil. A escolha dos projetos se dará por meio de um comitê gestor nacional com representantes de órgãos governamentais, organismos internacionais, organizações da sociedade civil e universidades.
O PPP-Ecos existe no Brasil há 14 anos e é executado por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Tem recursos do Fundo para o Meio Ambiente Mundial das Nações Unidas e apoio da Comissão Européia.
Em 2007, o PPP-Ecos entrou em uma nova fase de execução, na qual os recursos destinados aos projetos foram submetidos à aprovação do governo brasileiro e ao secretariado do Fundo para o Meio Ambiente Mundial.

Produção agropecuária e ambiente‏

Maria Luiza Nicodemo, Marcela Vinholis, Odo Primavesi e Márcio Armando, pesquisadores da EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, publicaram neste mês de Agosto um livro onde são discutidas formas de integrar sistemas de produção agropecuária e paisagens rurais com a produção de serviços ambientais e a manutenção da biodiversidade, procurando vias de implementar um uso racional e multifuncional da terra.

O livro intitula-se "Conciliação entre Produção Agropecuária e Integridade Ambiental: o Papel dos Serviços Ambientais", e os interessados poderão obtê-lo gratuitamente a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2348&lang=pt

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Silvicultura da Biodiversidade‏

Carlos Rio Carvalho, da ERENA, disponibilizou na plataforma Pluridoc um artigo de reflexão sobre a "Silvicultura da Biodiversidade", no qual compara a importância econômica potencial da gestão florestal dirigida para o aumento do valor natural da floresta com a gestão para o aumento da produtividade lenhosa, da cortiça ou de outros produtos agro-florestais tradicionais.
Sobretudo em situações onde numa boa parte do território as alternativas produtivas são limitadas (como sucede em Portugal), a gestão para o incremento do valor natural do território e a sua rentabilização podem e tenderão cada vez mais a representar uma valia econômica e ambiental importante, sendo aqui discutidas diferentes formas de encarar este mercado em crescimento.

Os interessados neste documento poderão obtê-lo gratuitamente a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2345&lang=pt

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Gestão energética e ambiente‏

Um conjunto de técnicos e investigadores liderados por Anshuman Khare e Joel Nodelman da Universidade de Athabasca, Canadá, publicaram em 2007 um interessante livro composto por diferentes artigos sobre a gestão da energia, novos desenvolvimentos em análise de sustentabilidade, e aproximações à sustentabilidade no setor energético.

Este livro intitula-se "Energy Management and the Environment: Challenges and the Future" e os interessados poderão obtê-lo gratuitamente a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2327&lang=pt

terça-feira, 2 de setembro de 2008

3 de Setembro - Dia do Biólogo



"O óvulo sendo fecundado, determina o princípio da vida. O óvulo tem o formato do planeta Terra e também lembra folhas, sugerindo a importância do verde."


Parabéns a você Biólogo, profissional que estuda a vida em suas diferentes formas de expressão. Comprometido com uma área de atuação quase infinita: estuda a origem, estrutura, evolução e funções dos seres vivos, classifica as diferentes espécies animais e vegetais e estabelece sua relação com o meio ambiente, monitora qualidade de nossas águas, recombina DNA para descobrir medicamentos e estudar a ação de enzimas e, acima de tudo luta pela proteção e preservação de nosso planeta.

O Planeta Agradece sua Dedicação!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Corredor da Biodiversidade


Alunos da pós-graduação em Biologia da Conservação da FAG, em aula prática no Corredor da Biodiversidade, no dia 30 de Agosoto de 2008, sob a supervisão do Professor Ph.D Efraim Rodrigues e também de Apolonio Rodrigues, chefe substituto do Parque Nacional do Iguaçu, chefe da Área de Conservação e Manejo do PNI e aluno desta pós.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Educação Poluente

Educação, assim como qualquer outra atividade, envolve o consumo de recursos. A desculpa que melhorando a educação aumentaremos a eficiência do uso dos recursos não me convence. O esforço de construção de um mundo sustentável deve vir de todos, sobretudo dos privilegiados.
Em um dia normal, vou de carro para a Universidade que como a maioria das instituições de ensino, consome energia elétrica de maneira ineficiente, gera resíduos (alguns perigosos) e desculpa-se por "estar muito preocupada com o ambiente". A sujeira está por todos os lados, mas mesmo que houvesse um faxineiro por aluno e fosse a instituição esterilizada, ainda assim haveria o descaso dos usuários com o local onde se vive, o que explica todos os outros males do planeta.
Alternativamente, vou de táxi ao aeroporto para tomar um avião movido a querosene, desço em algum lugar distante onde alguém me põe de novo em um carro, vou para um anfiteatro com enorme quantidade de luzes falar para pessoas que também se locomoveram para estar ali.
A cada intervalo são consumidas enormes quantidades de copinhos plásticos. Depois vou dormir emum hotel uma única noite. Toda a roupa de cama e banho terá que ser lavada depois disto.
Tudo é provisório em congressos e eventos, onde vale tudo para atender a demanda de uma semana. Poucas estruturas são reutilizáveis. Uma companhia de eventos, por exemplo, se arvora de ambientalista por substituir madeira pelo mais barato MDF. Para onde vai a enormidade de papéis, pastinhas e canetas ?
Para que imprimir centenas de trabalhos? Não seria muito mais eficiente carregá-los em um provedor onde podem ser acessados por palavra-chave?
É ainda nas escolas fundamentais que formamos esta idéia que um bom fim- aeducação, justificaria um mau meio - a poluição. Visite uma escola antes edepois do recreio. Um exército entra em ação para limpar a sujeira, ensinando aos pequenos que quem pode suja, quem não pode limpa.
Educação não é um fim que justifica a poluição causada. Educação é um meio e se estiver associada à sujeira, termina por reafirmar a poluição como um mal necessário. A boa educação (assim como todas outras atividades humanas) deve estar associada à melhoria dos nossos recursos. Instituições de ensino têm que não só não dar conta de seus resíduos como também dos resíduos dos outros, cumprindo sua função de ensinar.
Na semana que vem, volte aqui para ler sobre outra atividade nobre - a agricultura, e os problemas que causa.
Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br) é Doutor pela Universidade deHarvard, Professor de Recursos Naturais da Universidade Estadual deLondrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor do livro Biologiada Conservação, e nos fins de semana ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP,Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em aduboorgânico e a coletar água da chuva.

Ambiente Político

A agenda ambiental para os candidatos a Prefeito é simples, simplória até.
Cuidado com o transporte público, com a reciclagem e compostagem, com os espaços públicos, incluindo as árvores de calçada. Redução da poluição no ar, na água e nos alimentos. Não são necessárias grandes idéias. Não precisa nem ser muito inteligente.
Melhor até que não seja, para não querer depois de eleito candidatar-se aoutro cargo mais alto e deixar a cidade aos cuidados de sabe-se-lá-quem.
Basta que no dia a dia aprove uma lei aqui, aplique uma multa ali e um puxão de orelha acolá. Não precisa ter o Al Gore como secretário, nem precisasa ngrar dramaticamente o orçamento. As Secretarias do Ambiente nem costumam ser muito procuradas entre políticos, por seu orçamento pobre (nos casos emque elas não incluem a coleta de lixo). Enxadas, viveiros, placas e tratores não costumam atrair muito aqueles que buscam comissões enegociatas. Para eles, concreto e asfalto costumam ser mais interessantes.
A agenda ambiental anda de braços dados com nosso amadurecimento político porque depende da valorização de propriedades comuns. Não somos herdeiros das áreas de pastos comuns da Inglaterra, onde havia um compromisso entre obenefício individual de uma cabeça de gado a mais e o prejuízo coletivo noverde do pasto. Enquanto eles pensavam nestas coisas lá, aqui tínhamos sesmarias nas quais os recursos naturais e até mesmo os recursos humanos eram propriedade da coroa.
Não tivemos oportunidade de desenvolver o conceito de propriedade coletiva. Por isso as casas avançam nas calçadas e as calçadas avançam nas árvores.
Por isso que praças são doadas para qualquer um que se diga pastor, líder ouaté mesmo que não diga nada para não expor seus amigos importantes. O espaço público urbano é a terra devoluta brasileira do século 21. Urbanizamo-nos etrouxemos a idéia da terra de ninguém para dentro da cidade.
O candidato ambiental, mais do que conhecimento ou experiência deve terética e honestidade. "Rouba mas faz" não seria possível mesmo para o maisprodutivo candidato ambiental, porque para que consigamos ensinar o valor dapropriedade coletiva é necessário - como em todo aprendizado aliás, exemplo. Ética e honestidade são mais primordiais que qualquer agenda ambiental, porque é delas que deriva a necessidade de valorizar o que é coletivo.
Trocando em miúdos, o ambiente da sua cidade já agradece muito se você conseguir escolher um candidato que não roube.
Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br) é Doutor pela Universidade deHarvard, Professor de Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor do livro Biologiada Conservação, e nos fins de semana ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP,Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em aduboorgânico e a coletar água da chuva.

É CONVERSANDO E CONSERVANDO:DIÁLOGOS AMBIENTAIS

TARDE DE AUTÓGRAFOS COM O AUTOR


Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br) é Doutor pela Universidade deHarvard, Professor de Recursos Naturais da Universidade Estadual deLondrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor do livro Biologiada Conservação, e nos fins de semana ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP,Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em aduboorgânico e a coletar água da chuva.
Dia 29/08/2008
HORÁRIO: 15:00 AS 17:00
LOCAL: SPE. Rua Antonina 1908 (entre Vicente Machado e Olavo Bilac)
PROMOÇÃO: SELVA PARANAENSE E SPE

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Biomas brasileiros não têm área suficiente para conservação da biodiversidade

Relatório revela que, com exceção da Amazônia, os demais cinco biomas não têm áreas protegidas suficientemente para proporcionar a conservação da biodiversidade.
Florestas abandonadas
As florestas brasileiras - não importa se federais, estaduais ou municipais - estão desamparadas. Faltam proteção, demarcação e infra-estrutura mínima que permitam uma fiscalização efetiva para evitar invasões, organizar pesquisas científicas e possibilitar visitas seguras.
O diagnóstico catastrófico é do próprio Ministério do Meio Ambiente. Relatório elaborado ao longo de dois anos sob a coordenação do Departamento de Áreas Protegidas - concluído em dezembro e não divulgado - faz uma revelação preocupante: "O total de área protegida por bioma é insuficiente para a conservação da biodiversidade".
Resoluções do IV Congresso Internacional de Áreas Protegidas, assinadas pelo Brasil em 1992 no encontro da Venezuela, estabeleceram que, no mínimo, 10% de cada bioma devem ser integralmente protegidos para que haja a preservação das nascentes de água, reprodução de plantas e animais, além da estabilidade do clima. Por Leonel Rocha, da equipe do Correio Braziliense, 11/08/2008.
Dirigido pela Secretaria de Florestas do MMA, o trabalho cita o caso do Pantanal brasileiro - bioma que hoje abrange 250 mil km² espalhados pelos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul - que tem apenas 2% da sua área ideal definida como unidade de conservação. Dados oficiais mostram que a situação não é diferente nos outros cinco biomas. Com exceção da Amazônia, que tem 20% do seu território preservado (apesar de definir apenas 7,76% como unidades de proteção integral), os demais biomas estão com índice abaixo das recomendações internacionais. Da Caatinga, só restam 0,32% e do Pampa gaúcho, 2,59%. O Cerrado manteve 5%. Apenas 7% do que resta da Mata Atlântica original (1,3 milhão de km² ) ficaram preservados.
O diagnóstico é resultado do trabalho sobre a sustentabilidade financeira do Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC). Compõem o relatório outros dois capítulos que tratam sobre o monitoramento da biodiversidade e a gestão participativa das UCs. Os estudos foram determinados pelo Fórum Nacional de Áreas Protegidas e o resultado foi chancelado por gente importante como a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o então presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação (ICMBio) João Paulo Capobianco.
Chamado de "Pilares para o plano de sustentabilidade financeira para o SNUC", o documento também é assinado pelo novo presidente do instituto, Rômulo Mello, que ocupava o cargo de diretor de Conservação da Biodiversidade da entidade quando o trabalho foi feito. A direção do Chico Mendes, encarregada de cuidar das UCs, não se manifestou sobre o diagnóstico e transferiu a responsabilidade pelo documento para o Ministério do Meio Ambiente.
Preparado com a participação de uma equipe com mais de 20 profissionais do setor, o relatório teve colaboração técnica de professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, USP e grandes organizações não-governamentais ambientalistas internacionais como The Nature Conservancy (TNC) Brasil, Fundo Mundial para a Natureza (WWF), além de agências como a de cooperação alemã GTZ e o Instituto Mundial para Conservação e Meio Ambiente (WICE), que participaram como instituições de apoio ao trabalho.
Legislação confusa
No mesmo diagnóstico, o relatório alerta para a falta de uma legislação unificada da União, estados e municípios sobre as áreas que devem ser protegidas, provocando atraso na consolidação de áreas definidas, por decreto, como unidades de conservação: "Muitas áreas já criadas ainda não foram efetivamente implementadas e ainda não se pode afirmar que atingiram integralmente os objetivos que motivaram a sua criação". Quando o relatório foi concluído, existiam quase 600 unidades de conservação, 288 federais e 308 estaduais.
As 743 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) inscritas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação não foram consideradas no estudo. Elas somavam mais de um milhão de quilômetros quadrados, protegendo pouco mais de 10% do território continental brasileiro. Atualmente, são 299 UCs federais e outras tantas estaduais. Com a criação em tempo recorde de tantas reservas, surgiu uma nova dificuldade detectada pelos analistas do ministério do Meio Ambiente: a carência de informações básicas dos próprios órgãos públicos encarregadas pela gestão das áreas criadas para serem protegidas e a ampliação das despesas para cuidar do patrimônio.
Riqueza natural ameaçada
Áreas de proteção integral não são suficientes para garantir a manutenção da biodiversidade brasileira, diz estudo do próprio Ministério do Meio Ambiente.

PROTEÇÃO PRECÁRIA
Percentual de território preservado em unidades de conservação (por bioma)
Amazônia 20%
Mata Atlântica 7%
Cerrado 5%
Pampa Gaúcho 2,59%
Pantanal 2%
Caatinga 0,32%

Déficit de quase R$ 600 milhões
Para agravar ainda mais a situação, o estudo constata que, históricamente, o governo brasileiro tem reservado poucos recursos do orçamento da União para cuidar das reservas extrativistas e biológicas, florestas e parques nacionais, estações ecológicas, áreas de proteção ambiental e monumentos naturais. O estudo calculou em R$ 1,4 bilhão o custo mínimo para manter em bom estado todas essas unidades de conservação, inclusive as estaduais. Somente para despesas de custeio das áreas federais, o diagnóstico aponta a necessidade de R$ 466 milhões por ano. O recurso seria utilizado na fiscalização, organização, instalações e funcionamento administrativo das UCs para impedir invasões, evitar queimadas e derrubada de árvores. O custeio das florestas estaduais foi estimado em R$ 394,3 milhões.
Outros R$ 350 milhões seriam necessários, de acordo com as projeções financeiras do trabalho, para a parte da infra-estrutura das unidades que ainda não foram criadas ou para complementar os equipamentos já existentes, mas obsoletos ou defeituosos. Esse valor foi estabelecido pela equipe que analisou o SNUC considerando que já existem 70% da infra-estrutura destinada a administração e funcionamento das florestas. Mesmo com tantas necessidades, o governo ao elaborar o orçamento e o Congresso ao aprovar a lei orçamentária com emendas parlamentares só destinaram R$ 229,2 milhões para investimentos e custeio das unidades de conservação federais. Um déficit de quase R$ 600 milhões. (LR / Ecodebate)
Fonte: Sbef News

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

ABAIXO-ASSINADO CONTRÁRIO AS PCHS‏

O caso é GRAVE em SANTA CATARINA.

Vamos participar gente brasileira. Manifestem seu direito soberado ao exercício da cidadania.

Abaixo assinado CONTRA a instalação de 6 novas USINAS HIDROELÉTRICAS no Rio Cubatão em Santa Catarina..

O Rio é um dos principais abastecedores de agua para Santa Catarina e sua Bacia de extrema importancia socioambiental.

REPASSEM PARA SUAS REDES!!!!

Convidamos todos os que são contrários à construção de seis PCHs no Vale das Termas a assinarem o abaixo-assinado em prol da preservação ambiental da região:

http://www.riosvivos.org.br/canal.php?canal=16&mat_id=12303


Favor divulgarem!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Brasil ganha primeira estrada 'amiga dos animais'


As mortes de animais por atropelamento são consideradas hoje a segunda maior causa de perda de biodiversidade da fauna em todo o planeta, atrás apenas da redução de ambientes naturais. No estado do Espírito Santo a construção de uma estrada 'amiga dos animais' busca mudar essa situação.
A rodovia, que corta três unidades de conservação, conta com profissionais que a cada 90 minutos percorrem a estrada recolhendo e identificando os animais atropelados. A intenção é entender os padrões dos acidentes para assim elaborar novas maneiras de lidar com o problema.
Nos Estados Unidos, atualmente, 1 milhão de vertebrados são atropelados por dia nas rodovias do país. No Brasil, apesar de não existirem estimativas sobre o número de animais mortos nessa situação, acredita-se, pela extensão do país e pela existência de muitos ambientes cortados por estradas, que o índice também seja elevado.
Além da morte provocada pelos acidentes, alguns dos principais efeitos das rodovias e ferrovias para a fauna silvestre são a perda, a fragmentação e a perturbação dos hábitats naturais; a poluição; e o fato de as estradas representarem barreiras que podem isolar populações.
Mas os atropelamentos de animais silvestres podem ter conseqüências trágicas também para os humanos. Levantamento feito no Canadá, em 2003, para a Diretoria Canadense para o Transporte Seguro, revelou que, dos 1.253 acidentes envolvendo animais (inclusive domésticos) ocorridos no país de 1996 a 2000, 20 deles resultaram também em mortes humanas.
Os danos materiais decorrentes desses acidentes chegaram a mais de US$ 106 milhões. No Brasil, recentemente, foi noticiada em Goiás, a morte de um motociclista que colidiu com uma capivara. E a freqüência de acidentes deste tipo deve ser alta no território brasileiro.

Programa pioneiro

Apenas uma rodovia brasileira realiza o monitoramento sistemático de animais silvestres atropelados: a rodovia ES-060, conhecida como Rodovia do Sol, que liga Vitória e Guarapari, no Espírito Santo.
O trecho onde o monitoramento é realizado tem 57,7 km e é administrado (sob concessão) pela empresa RodoSol. A coleta dos animais atropelados é feita por inspetores de tráfego da concessionária, que percorrem toda a rodovia a cada 90 minutos, de dia ou de noite, todos os dias do ano.
Entre maio de 2001 e fevereiro de 2007 o programa registrou o atropelamento de 1.222 animais de 171 espécies, como o ouriço-cacheiro e a suaçubóia.
As aves são as que mais morrem na rodovia (44,4% das coletas), mas os números referentes a anfíbios, mamíferos e répteis também são significativos.
Entre as espécies identificadas, 23 tiveram 10 ou mais indivíduos mortos. Somadas, elas perderam 860 indivíduos. Portanto, apenas 13,4% das espécies respondem por 70,3% dos corpos coletados, destacando-se a cobra-d'água e a coruja-buraqueira como as duas espécies mais afetadas.
Foram atropelados de cinco a nove indivíduos de outras 23 espécies (que, juntas, representam 12,9% do total registrado), e um a quatro indivíduos das 125 espécies restantes (somando 16,7% dos indivíduos mortos).
Existe, portanto, significativa concentração de indivíduos mortos em poucas espécies e elevado número de espécies que tiveram poucos indivíduos atropelados.
A Rodovia do Sol apresenta às suas margens diferentes formações florestais e áreas urbanizadas. A comparação entre o número de atropelamentos e as formações florestais mostrou padrões bastante variados, uma vez que há grandes diferenças entre os ambientes naturais ao longo da estrada.
Porém, quando se considera toda a rodovia, percebe-se que o maior número de atropelamentos ocorre nas áreas onde existem ambientes naturais dos dois lados, pois os animais continuam a passar de um lado para outro em suas atividades de busca por alimento, abrigo ou parceiros.
Constatou-se ainda que 58,4% espécies atropeladas (110, do total de 171) são capazes de sobreviver em áreas que margeiam locais ocupados pela população humana, e podem ser encontradas tanto no ambiente natural quanto no urbano.
Para que as espécies silvestres sejam protegidas, é necessário realizar estudos de longo prazo sobre os atropelamentos de animais em estradas. Só assim será possível avaliar a eficácia dos instrumentos de proteção atuais e desenvolver novas técnicas que permitam, algum dia, evitar ou reduzir uma das maiores causas de extermínio da fauna silvestre no mundo e equilibrar a relação das espécies silvestres com os usuários das rodovias.
O Brasil conta hoje com um grupo de trabalho formado por pesquisadores, técnicos do Ibama e outros especialistas, que tem como principal objetivo definir ações prioritárias para diminuir as mortes de animais silvestres e de pessoas nas rodovias brasileiras. (Fonte: Andreas Kiekebusch / Jornal do Brasil)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Biometria em Animais Silvestres - Aula prática

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Recado importante aos alunos da Pós

Prezados alunos,

No próximo módulo, dia 25 e 26/07 teremos aula teórica na sexta e prática no sábado pela manhã, no Zoológico Municipal. A aula será de Contenção Física e Química p Biometria em animais silvestres, solicito portanto que venham com jaleco de preferência escuro e calçado apropriado. Informo também que no sábado a aula será marcada direto no Zoológico e portanto quem tiver problemas de ônibus para voltar para FAG me avise para eu poder tomar as devidas providências.

Qualquer problema por favor entrem em contato.

Att,

Elaine Ap. W. Kronbauer

Coordenadora da Pós Graduação Biologia da Conservação

Faculdade Assis Gurgacz - FAG

(45) 33213900/3928

(45) 91353577

www.fag.edu.br

domingo, 13 de julho de 2008

Vídeo - Biologia da Conservação FAG: Aula Prática- Módulo Biodiversidade e espécies invasoras- Drª. Sílvia Ziller

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Curso de comportamento e bem estar animal‏

Será realizado nos dia 17 e 18 de Julho CURSO DE COMPORTAMENTO E BEM ESTAR ANIMAL, ministrado pelo Drtdo JOHNAS BICK, com duração de 8 horas teoricas e 8 práticas (16 horas).
LOCAL: Auditorio bloco 1 FAG e práticas no Zoologico de Cascavel
VALORES: R$: 25, 00 (associados Selva) e R$ 40,00 (não associados)
INSCRIÇÕES: ZOO DE CASCAVEL
E DURANTE AS AULAS DO PROXIO MODULO DA POS EM BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO (DIAS 11 E 12 DE JULHO)
PEDRO FOGAÇA
SELVA PARANAENSE

terça-feira, 8 de julho de 2008

Protegendo as Onças-Pintadas e a Mata Atlantica‏

A caçada para salvar as onças
Como uma pesquisa de preservação de felinos virou um dos maiores projetos para salvar florestas do país
Juliana Arini, do Pontal do Paranapanema (SP)


MUDOU DE LADO
O caçador Platero com os "cães onceiros". Antigo matador de onças ele hoje ajuda os pesquisadores a salvá-las.

"Não tem emoção maior do que atirar em uma onça", diz o caçador Carlos Roberto Platero. Ele segue pela trilha em uma das últimas porções de mata preservada de Ivinhema, em Mato Grosso do Sul. Os cães são os olhos de Platero na floresta. Eles são treinados para farejar e cercar as onças. A caminhada é interrompida por uma seqüência de uivos. O caçador coloca a espingarda nas costas e desaparece na trilha na direção do barulho. Alguns metros adiante, encontra uma onça-pintada, que subiu na copa de uma árvore. Está acuada pelos cães. Platero aponta seu rifle para o animal e o derruba com um tiro preciso. "Aí, a caçada acabou", diz.

Ele conseguiu capturar uma fêmea de onça-pintada, o terceiro maior felino do mundo. "Pegamos a Tina", afirma Laury Cullen, engenheiro florestal do Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê). "Já encontramos essa onça antes". Ele e Platero são antigos companheiros de caçada. Juntos já capturaram mais de 30 onças. Mas não são caçadores tradicionais. Eles não matam os animais. O tiro disparado continha um dardo paralisante. Tina foi apenas anestesiada.

A caçada faz parte de um programa que está mudando a forma de criar reservas florestais no Brasil. Agora, os pesquisadores seguem os animais antes de desenhar os mapas das áreas a ser protegidas. A captura serve para colocar um colar na onça, que emite sinais de rádio e permite monitorar seus deslocamentos por satélite. Tina é um dos animais que os pesquisadores estudam a distância. O objetivo da última caçada era trocar o equipamento que ela carregava havia três anos. Os dados dos colares, repassados para os computadores dos cientistas, desvendam os caminhos seguidos pelos felinos. "É como se perguntássemos a eles que regiões são importantes para viverem", diz Cullen.

"Graças a essas pesquisas, descobrimos que as onças não vivem apenas nos refúgios de florestas", afirma. "Elas se aventuram muito. Por isso é comum vê-las caminhando perto de fazendas e cidades". Com essa informação, os pesquisadores perceberam que havia um erro na forma tradicional de criar áreas protegidas. "Essa metodologia resultava na formação de reservas florestais isoladas. Verdadeiras ilhas com uma natureza muito rica, mas desconectadas umas das outras." A falta de ligação dessas áreas foi reconhecida como o grande obstáculo para a reprodução dos animais e plantas. "A troca genética limitada a um território pequeno também pode resultar em ondas de extinção. Ou, pior, aumentar os casos de atropelamento nas estradas entre as reservas quando um animal resolve migrar de uma área para outra em busca de parceiros".

A caçada às onças já ajudou a formar um corredor de 2.500 km de matas que vai de São Paulo até o Uruguai
"Quando vimos os mapas resultantes do monitoramento, decidimos romper com a velha prática de criar reservas naturais por estudos feitos em escritórios", afirma Cullen. O novo modelo proposto pelo Ipê segue o conceito dos corredores naturais, junções de áreas que incluem, além dos remanescentes de matas, todas as áreas por onde circulam os animais – o que engloba fazendas, margens de estradas e regiões urbanas. Foram mais de dez anos para chegar a um modelo ideal. Como resultado, o monitoramento das onças produziu um dos maiores programas nacionais para salvar a Mata Atlântica, a vegetação mais ameaçada do país.

A primeira conquista dos pesquisadores foi traçar uma área contínua que junta remanescentes de floresta ao longo de uma linha com 2.500 quilômetros de extensão. Esse corredor florestal começa em São Paulo e segue até a fronteira do Brasil com o Uruguai. Alguns blocos já são áreas de conservação. Outras devem ser criadas para juntar os pedaços do que foi batizado de Corredor de Biodiversidade do Alto Paraná. A preocupação com as onças traz benefícios extras. Ela ajuda a preservar a vegetação que protege os mananciais do Sul e do Sudeste, o que contribui para garantir o abastecimento de água de cidades onde vivem quase 55% da população brasileira. As pesquisas do Ipê também ajudam a preservar outras espécies de animais e plantas. "Escolhemos colocar os rádios-colares nas onças porque elas estão no topo da cadeia ecológica. Por onde esses felinos circulam, sempre há bichos menores, como porcos-do-mato e antas", diz Cullen.

Passado o obstáculo de unir os fragmentos de florestas e salvar os animais, surgiu um novo problema. Como garantir a sobrevivência das onças em uma região densamente povoada por humanos? O primeiro obstáculo a vencer foi a resistência dos fazendeiros. Os pecuaristas são históricos inimigos das onças. Afinal, elas invadem os pastos para atacar o gado. Uma onça pode devorar até 40 bezerros por ano. Para evitar o prejuízo, muitos pecuaristas contratam caçadores. Ironicamente, foi a chegada desses produtores rurais às áreas de florestas que transformou as onças em caçadoras de bois. O desmatamento para a formação de pastagens fez os animais de pequeno porte desaparecer e o gado os substituiu como a principal fonte de proteína dos grandes felinos. "Já matei muita onça para pecuarista do Pantanal", diz o caçador Platero. "Mas agora só trabalho com os pesquisadores. Eu prefiro: vivo a mesma emoção da caçada, mas não preciso matar". O desafio da equipe do Ipê era mudar a consciência não só do caçador, mas também dos proprietários de terras.

Como convencer os fazendeiros de que as onças não são uma ameaça? "No começo pensei em desistir. Colocar um radar no pescoço de uma pintada parecia mais fácil", diz Cullen. Para sorte das onças, os cientistas tiveram a idéia de fazer um pacto com os criadores de bois. Os pesquisadores começaram a plantar árvores para os pecuaristas. Como a grande maioria dos proprietários de terras do Sul e do Sudeste destruiu mais florestas do que a lei permite, eles têm a obrigação legal de reflorestar. Do contrário, ficam sujeitos a multas e à restrição de créditos agrícolas. Ajudar esses fazendeiros a recuperar suas matas foi o foco da parceria. Em troca, os fazendeiros deixam as onças vivas. O acordo foi bem-sucedido porque passa por uma lógica matemática. Replantar 1 hectare de floresta pode custar até R$ 8 mil, enquanto um bezerro vale cerca de R$ 300. "No final, percebemos que o prejuízo que as onças causam com o gado é pequeno", diz o pecuarista Osmar Cirino Lopes, da Fazenda Ponte Branca, em Teodoro Sampaio. "É um acordo bom para os dois lados".

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Lançamento Histórias Impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores


Histórias Impublicáveis
sobre trabalhos acadêmicos e seus autores
Efraim Rodrigues, Ph.D.
156 pg
13 x 19 cm
ISBN 978 85 99144 05 3
Editora PLANTA
R$ 28,00
Ao longo dos anos, fui colecionando algumas histórias acadêmicas para acalmar alunos e colegas aflitos. Na hora certa eu as retiro da algibeira e a pessoa percebe que não é a única e nem a primeira naquela situação. Além de trazer algum conforto, as histórias dos outros nos fazem pensar em como serão os próximos capítulos da nossa novela acadêmica

Há alguns anos tive que contar muitas delas para uma classe com uma data iminente de entrega de um trabalho, e percebi que as histórias eram tantas que estava começando a esquecer algumas. Daí resolvi juntar e organizar tudo aquilo, pensando também nos tantos alunos aflitos mundo afora.

O ilustrador Orlando Pedroso da Folha de São Paulo foi o primeiro a ler o livro para criar suas imagens. Se este livro criar na sua mente a mesma riqueza de imagens que criou na do Orlando, ele cumpriu sua finalidade.

Uma das histórias impublicáveis é dos meus tempos em Harvard, quando tive que adquirir uma casca, uma proteção contra o lado destrutivo da crítica. Aquilo era o Festival Internacional de Crítica. Criticava-se o que se conhecia e o que nunca se tinha ouvido falar. Criticava-se para fazer amigos e inimigos... Meu grande esforço então era tentar ouvir o conteúdo delas, independente de suas variadas origens: vontade sincera de contribuir, inveja, precaução, despeito...

Ao longo de décadas lidando com trabalhos acadêmicos, acompanhei muitas histórias se repetindo. Uma novela muito parecida com a sua está aqui dentro e melhor ainda, incluindo os próximos capítulos.

Efraim
PROMOÇÃO DE LANÇAMENTO

Somente 100 exemplares (autografados)
R$ 21,40 com remessa incluída.

Folheie o livro aqui
(use seu mouse no canto para virar as páginas)

Veja como fazer seu pedido aqui

Site da editora PLANTA

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Dia Mundial do Meio Ambiente

Dia Mundial do Meio Ambiente: festa ou réquiem?

5 de junho, dia mundial do meio ambiente: festa ou réquiem?
Sempre que vem chegando esse dia, muitas instituições se preparam para comemorar. Feiras, exposições, atividades de plantio de árvores, oficinas, cursos, enfim um grande cardápio de opções é oferecido. E vendo isso, sempre me pergunto: o que essas ações pulverizadas trazem? Será que quem as organiza, quem as freqüenta sabe do que se trata, sabe das questões complexas envolvidas? Sabe realmente o que está acontecendo no planeta?
Para muitos, essas atividades são só para constar. Entram no calendário escolar, no das instituições, e acabam sendo diluídas no mar de tarefas, fora do contexto real que provocaria reflexões sobre o dia e seu significado.
Esse nome, em nossa língua, já é esquisito: meio-ambiente. Duas palavras que significam a mesma coisa, e se o meu português não está enferrujado demais, é um pleonasmo. Vêm-me duas coisas à cabeça: ou é erro mesmo, vício de linguagem, ou um ato falho que quer frisar a importância que se tem que dar à questão.
Falo em ambiente e englobo qualquer coisa. Principalmente aquilo que interessa, em diferentes graus de profundidade, ao ser humano. E no meio desses interesses, está a conservação da natureza, na maioria das vezes no fim da fila.
A relação entre conservar a natureza e manter o planeta Terra viável para as espécies que o compõem é tão intrínseca, que é esquecida. Paradoxo? Não sei. Respirar é fundamental para os seres vivos, humanos inclusive. Mas nenhum ser tem consciência de sua respiração, da importância disso, enquanto respira. A gente só toma consciência da respiração quando tem dificuldade em respirar. Só percebe como a saúde é importante quando a perde. E acho que aí pode residir a chave do entendimento dessa relação estapafúrdia que o ser humano estabeleceu com a natureza: só presto atenção quando incomoda. E quando incomoda, vou tentar combater os sintomas, não as causas. Fico na superficialidade, não busco a essência.
E qual a essência da questão? A natureza tem que ser preservada, para que a vida seja possível. Vida só do ser humano? Posso até pensar assim. Mas para que o ser humano sobreviva, é necessário que milhões de outras espécies também sobrevivam, cada uma cumprindo uma função, fazendo parte de um quebra-cabeças intrincado, complexo e impossível de remontar se desmanchado.
Alguns poucos exemplos da superficialidade? Dia do meio ambiente, dia de falar de poluição de água. Fala-se em controle de poluição industrial, doméstica, do agronegócio. Mas não se fala que se eu não preservar florestas, vegetação das nascentes, não vou ter água suficiente sequer pra poluir.
Dia de falar de reciclagem. Mas não se fala que a meta deveria ser nem ter material para reciclar, porque lixo, qualquer lixo, é recurso natural seqüestrado, que jamais vai voltar para seu local de origem para ser reincorporado e voltar a fazer parte da estrutura do sistema que o originou. Complicado? É.
Simplificar demais as coisas, em muitos casos, desvia a atenção das causas, que devem ser combatidas. Aqui cabe o mesmo exemplo de causas e sintomas de doença.
Essa simplificação, o modelo econômico que adotamos, nosso afastamento deliberado ou não das causas do problema leva à noção de que a natureza é um grande supermercado. Num supermercado, pego o meu carrinho, vou retirando produtos da prateleira; se por acaso passo num local e não tem um determinado produto, aguardo um pouco que alguém repõe. Se faz uso da natureza com o mesmo espírito: retiro tudo o que quero, ponho no carrinho, e quando falta, espero que alguém reponha. Só que na natureza, dependendo da quantidade, da intensidade e da velocidade com que retiro os produtos da “prateleira”, eu destruo, inviabilizo os processos ecológicos essenciais responsáveis pela reposição dos “produtos” na “prateleira”. E aí, já era, usando uma expressão bem popular.
E estamos colecionando um monte de “já era”, faz tempo. Com relação a espécies que se extinguiram, sistemas naturais que desapareceram, com toda sua complexidade de espécies e interações. Muitos estão agonizando. E estamos cada vez mais, sentindo os efeitos dessa agonia.
Então, temos que finalmente acordar para uma realidade que foi e está sendo construída por nós. Uma construção que cada vez mais põe em risco a sobrevivência do planeta.
Precisamos encarar as causas, ter coragem para mudar o que precisa ser mudado, ir com o dedo na ferida e buscar a cura – para as causas, não só para os sintomas.
Isso se faz individualmente, com atos simples no dia a dia, que estão nos folhetos distribuídos inclusive nas comemorações do dia do meio ambiente; e coletivamente, como sociedade atenta, combativa e pró-ativa, que tem que mostrar aos nossos dirigentes que conservar nossa natureza é questão de sobrevivência. Que quer fazer isso. E isso tem que ser feito agora, para que esse planeta, tal qual o conhecemos e amamos, tenha realmente um futuro.

* Maísa Guapyassú é engenheira florestal e analista de projetos da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Conservação voltada para as Pessoas

Colocar a Natureza e a biodiversidade contra as pessoas não faz sentido. Ambientalistas defendem que a saúde e o bem-estar humanos devem integrar os esforços de preservação

por Peter Kareiva e Michelle Marvier
Em 2004, a World Conservation Union colocou três urubus – o bico longo (Gyps indicus), o bico estreito (Gyps tenuirostris) e o urubu-de-cabeça-branca (Gyps bengalensis) – na lista de espécies seriamente ameaçadas. A população das três espécies chegava a quase 40 milhões na Índia e no sul da Ásia no início dos anos 90, mas diminuiu mais de 97%. Os motivos para salvar esses urubus da extinção podem ser apresentados em termos familiares: temos a obrigação ética de salvar a biodiversidade do mundo para seu próprio bem. Mas os motivos também poderiam ser apresentados de outra forma. Por muito tempo, observadores não sabiam o que estava provocando o declínio dos urubus. Alguns especulavam que a culpa era da perda de hábitat ou da poluição. Há vários anos pesquisadores descobriram que a morte das aves era causada por um medicamento antiinflamatório, o diclofenaco, normalmente ministrado às vacas. Em bovinos e seres humanos o medicamento reduz a dor, mas nos urubus provoca falência renal. Com o desaparecimento dos urubus, milhares de carcaças de vacas, que eram deixadas para as aves, apodrecem ao sol, onde incubam antraz, segundo alguns relatos, e são consumidas por cães. Devido à grande oferta de alimento, a população de cães selvagens explodiu e com ela a ameaça de raiva. Logo, o destino dos urubus está associado ao de milhões de pessoas: salvar os urubus da extinção protegeria as pessoas de doenças perigosas.Observadores casuais nem sempre enxergam os elos entre o bem-estar dos seres humanos e a ajuda a espécies ameaçadas, mas essas ligações são abundantes em muitas situações que envolvem conservacionistas. Ecossistemas como as zonas alagadiças e mangues protegem as pessoas de tempestades letais; florestas e recifes de coral fornecem alimentos; o dano a um ecossistema pode prejudicar outro a meio mundo de distância, assim como aqueles que dependem dele para recursos ou receitas de turismo.Apesar dessa dependência mútua, o público e os governos vêem os esforços para preservar a diversidade biológica como a colocação das necessidades de plantas e animais acima das dos seres humanos. Para reverter essa tendência – e para melhor servir a humanidade e os organismos ameaçados – nós e um grande número de conservacionistas argumentamos que o modo antigo de priorizar as atividades de preservação deve ser trocado por uma abordagem que enfatize o salvamento de ecossistemas que tenham valor para as pessoas. Nosso plano deve salvar muitas espécies, protegendo ao mesmo tempo a saúde e a subsistência dos humanos.

domingo, 25 de maio de 2008

Reserva Biológica das Perobas

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Brasil é vaiado em conferência ambiental por causa de biocombustíveis

21/05/2008 - 12h05
Por Gilberto Costa, da Rádio Nacional da Amazônia


Brasília - Diplomatas brasileiros que negociam acordos ambientais na 9ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP-9), foram vaiados nesta terça-feira (20) durante a reunião, que acontece em Bonn, na Alemanha, após votarem contra o "princípio da precaução" na produção dos biocombustíveis.
Além das vaias em plenária, o país foi criticado por cerca de 200 manifestantes brasileiros e estrangeiros que usavam camiseta laranja em alusão ao fogo do desmatamento. Segundo a organização não-governamental (ONG) Terra de Direitos, a camiseta laranja tinha na frente os dizeres: "Brasil e Alemanha: comprometidos com a destruição da biodiversidade. Não compre este acordo".
A frase é uma referência ao recente acordo energético assinado entre os dois países, que inclui exportação de etanol e cooperação nuclear."A expansão da fronteira agrícola atualmente é a maior causa de perda de biodiversidade; então, o fato de o Brasil se opor a essa discussão nessa plenária demonstra claramente a irresponsabilidade do Brasil em relação a esse modelo. É uma postura absolutamente injustificada", apontou assessora jurídica da ONG, Maria Rita Reis.
Na avaliação da Terra de Direitos, a posição do governo brasileiro, favorável à produção dos biocombustíveis, é "insustentável".
Os ambientalistas temem que a expansão das lavouras de cana-de-açúcar, matéria-prima do etanol brasileiro, empurre a produção de alimentos e a pecuária para a floresta e aumente o desmatamento na Amazônia. Na avaliação do pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Adalberto Veríssimo, essa possibilidade torna o país "bastante vulnerável" às críticas de estrangeiros."O Brasil vai continuar numa posição difícil, de tentar explicar o inexplicável. Não tem mais sentido o desmatamento no século 21 no patamar que se desmata na Amazônia, que é muito elevado", lembrou.
O superintendente de conservação para os programas regionais do WWF-Brasil, Cláudio Moretti, reconhece que há desinformação e "entendimento equivocado" sobre a produção de biocombustíveis no Brasil. No entanto, avalia que o país erra na negociação diplomática sobre o tema."Nós entendemos que a postura correta é negociar abertamente critérios socioambientais que sejam firmes e claros, agora não dá para aceitar isso quando o Brasil se coloca nos fóruns mundiais como se fosse perfeito: porque nós produzimos energia limpa, que é da hidrelétrica, daí não se discute os impactos da hidrelétrica; produzimos o combustível mais adequado que não é o petróleo, é o biocombustível e não aceita questionar que a sua forma de produzir biocombustíveis está errada", argumentou.
Os ambientalistas também defendem que o Brasil adote medidas mais rigorosas de controle do estudo de sementes geneticamente modificadas e isole a produção de alimentos transgênicos. (Envolverde/Agência Brasil)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Indicação de leitura

APRENDENDO A LIÇÃO DE CHACO CANYON: do “Desenvolvimento Sustentável” a uma Vida Sustentável, por Fernando Fernandez


Gostaria de lhes pedir 30 minutos de seu tempo para a leitura atenta do texto de Fernando Fernandez, disponível a partir deste link: http://www.spvs.org.br/download/reflexao15.pdf .

III Encontro Regional de Agroecologia


Inscrições do III Encontro Regional de Agroecologia estão abertas.


Faça sua inscrição pelo site:





Nesse site você encontrará todas as informações necessárias sobre o encontro.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Alunos da Pós-Graduação em Biologia da Conservação visitam Ilha Grande

No último fim de semana, os alunos da Pós-Graduação em Biologia de Conservação fizeram uma visita técnica ao Parque Nacional de Ilha Grande. A visita faz parte das atividades práticas propostas pela especialização e foi acompanhada pelo professor do módulo de Conservação em Áreas Protegidas, Marcelo Bresolin.
O professor explica que o parque de Ilha Grande representa bem o atual estado das unidades de conservação do Brasil. “Diferente do Parque Nacional do Iguaçu, que já foi visitado pelos alunos e é uma das unidades modelo no Brasil, Ilha Grande é mais semelhante a todas as outras unidades do país. Os alunos conheceram um parque com menos servidores, menos recursos, menos infra-estrutura, mas muito bem conservado”, avalia o professor. “Isso é bom porque mostra uma realidade que os alunos tem grandes chances de encontrar na sua atuação no mercado de trabalho”, explica.
Para o aluno da especialização, Thiago Eugênio Armani, a visita técnica proporcionou uma visão de como funciona uma unidade de conservação envolvendo conceitos sociais, culturais e ambientais para a manutenção. “Apesar de ser uma região próxima ao Paraguay, e situações que envolvem fronteiras as vezes dificultam a preservação, a região esta intacta”, comenta Thiago.



Fonte: http://www.fag.edu.br/

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Socioambientalista?

por Marc Dourojeanni*
e-mail:
editor@oeco.com.br

O socioambientalismo é um fenômeno relativamente recente. Antes da sua invenção ninguém tinha pensado que o ambientalismo pudesse não ser de grande beneficio para a Humanidade, menos ainda que a conservação da natureza e dos seus recursos pudesse prejudicar a sociedade ou prosperar sem o apoio e a participação ativa da população, especialmente a local. Mas desde que o termo “socioambientalismo” foi cunhado, possivelmente à procura de uma originalidade que o justifique, essa tendência procurou se distanciar do ambientalismo criando supostas diferenças ou achando algumas reais que, no final das contas, tem dividido e prejudicado tremendamente o já fraco movimento ambiental.

Não existe uma definição acadêmica concreta do socioambientalismo, porém lendo aquilo que os que o praticam escrevem sobre eles mesmos, se deduz que é, concretamente, “um ambientalismo com consciência social”. Quem escreve sabe, por certo, que há muitas formas bem mais complexas de definir essa tendência e, sem dúvida, os críticos desta nota se encarregarão de chamar a atenção sobre as mesmas, poupando o autor de fazê-lo agora.

A dialética socioambiental usa e abusa de clichês que fazem correr sério risco de enfarte coronário os ambientalistas sem caráter muito forte e grande amplitude de espírito. Um dos mais comuns é afirmar que as unidades de conservação foram feitas triturando os direitos das populações locais e massacrando as que se opuseram. Outra frequentemente reiterada, é que as áreas protegidas são uma imposição do imperialismo americano aplicada no terceiro mundo pelos seus lacaios, ou seja, os ambientalistas. Foi evidentemente um socioambientalista, diga-se de passagem, um cidadão norte americano, que inventou o slogan “parques de papel”, tão usado pelo socioambientalismo para denegrir os esforços de se conservar amostras da natureza. Mas deixando de lado esses impropérios usados pelos extremistas, a linha divisória entre socioambientalismo e ambientalismo não é sempre clara.

Nesta nota é apresentado um simples questionário, baseado em 20 afirmações, que pretende ajudar aos leitores que assim desejam fazê-lo, a determinar seu grau de socioambientalismo. Cada afirmação, se analisada com sinceridade, resulta numa resposta quer seja afirmativa ou negativa. Cada resposta positiva vale um ponto. Essas características são:

1)Não conhece ou não compreende bem a definição de ecologia, mas acredita firmemente ser um “ecologista” ou, pelo menos, um defensor dela, e que sabe tudo o que precisa saber, por exemplo, sobre biodiversidade.

2)Não obstante considera que muitos conceitos da ecologia, como “dinâmica de populações” ou “espécie chave” ou “endemismos” são termos cabalísticos, que os ambientalistas usam para confundi-lo durante as discussões.

3)Tem fobia aos eucaliptos porque são exóticos e porque são cultivados por grandes empresas e você justifica invadir e destruir plantações e experimentos dessa espécie argumentando que esteriliza os solos e reduz a biodiversidade, esquecendo convenientemente que o mesmo faz uma plantação de cana de açúcar, dendê, banana ou soja, entre outras espécies, que também são exóticas.

4)Acha que a caça esportiva, ou com fins comerciais, é depredatória, além de cruel e nojenta, mas está convicto que a caça praticada pelas populações tradicionais é uma benção para as presas. Também acredita que essas populações nunca caçam até a exaustão das presas e que só caçam para consumo próprio.

5)Tende a ser contrário ao desmatamento da Amazônia, exceto quando este é realizado nos assentamentos rurais do governo, nas invasões dos “agricultores sem terra” ou praticado por povoadores tradicionais ou por outros agricultores protegidos pelos bispos, freiras ou outras mãos santas.

6)Você não se preocupa muito pela expansão da agricultura em qualquer lugar, exceto se nela se usam plantas transgênicas, mas você não sabe por que os transgênicos são ruins ou perigosos; no entanto está convencido que os selos das empresas transnacionais dos produtos transgênicos lhe provocam indigestão.

7)Tem convicção de que os ambientalistas são todos brancos, ricos e direitistas, que têm aversão aos pobres, aos que sempre impõem sem conversa nem consideração suas socialmente insensíveis vontades “verdes”.

8)Também acredita que os ambientalistas amam mais os bichos do mato, em especial as onças, que a seus próprios filhos e que tudo isso de “espécies indicadoras da saúde do ecossistema” é conversa para boi dormir.

9)A sua bíblia é o desenvolvimento sustentável, uma teoria tão utópica que você seguramente não a compreende. Nisso, você não está sozinho, pois muitos dos principais pensadores do mundo tampouco conseguiram explicar a lógica que sugere que o crescimento não tem limites naturais ou, mais simplesmente, que é possível consumir o que se tem e seguir tendo o que se consumiu.

10)Acredita, contrariando até o senso comum, que a presença humana na natureza aumenta a diversidade biológica e aprimora o ambiente e, por isso, infere que a natureza sem gente está condenada a desaparecer. Também pondera que como não existe realmente uma natureza intocada não precisa mais se preocupar com o fato de protegê-la.

11)Consequentemente tem aversão às unidades de conservação sem gente morando dentro ou explorando-as e, assim, faz tudo o que pode para introduzir mais habitantes nos parques nacionais e reservas biológicas, dando prioridade a índios, quilombolas e populações tradicionais.

12)Acredita que a legislação, em especial a ambiental, não é para ser cumprida pelos pobres e reconhece que, na prática, obedecer à lei é só para a minguada classe média, pois está acostumado a aceitar que os ricos tampouco a cumprem.

13)Assim, por exemplo, você é a favor da ocupação de áreas de preservação permanente por vivendas de pobres urbanos, inclusive nas beiras dos mananciais ou, pelo menos, está resignado a que assim seja.

14)Está convencido que os índios são mais sábios que os demais seres humanos, sem excluir aos que usam telefone celular para coordenar invasões de seus concidadãos paraguaios nas unidades de conservação do Sul do Brasil.

15)Acredita firmemente que o socioambientalismo é uma iniciativa brasileira ou latina americana e ignora, obviamente, que a sua origem é cem por cento de imperialistas, essencialmente dos EUA e da Europa ocidental e de organizações internacionais das mais direitistas que existem inspiradas na realidade da Ásia tropical.

16)Considera que no local onde moram mais de dez famílias afro-descendentes deve-se estabelecer um quilombo e que se deve conceder a eles a mesma extensão de terra que você supõe que teriam, se seus antepassados tivessem ficado na África.

17)Tem ódio fundamentalista pela energia nuclear e tampouco gosta das usinas hidroelétricas, mas tem e quer ter mais eletricidade na sua casa, embora proteste pelo seu custo elevado, apesar de saber que outras alternativas energéticas são ainda mais caras.

18)É um defensor radical do uso de biocombustíveis (exceto se são de origem transgênica), mas nunca fez o balanço ambiental da produção desses produtos para saber se eles realmente são uma opção ecológica, social e economicamente viável.

19)Você aprova a necessidade de audiência pública para criar unidades de conservação para proteger a natureza em beneficio da sociedade nacional, no entanto acha normal não exigir audiência pública para desmatar dezenas de milhares de hectares para estabelecer especulações agrícolas ou pecuárias privadas.

20)Está convencido que o Chico Mendes é o principal herói da conservação da natureza da história do Brasil.

Se a soma das suas respostas ao questionário alcançou 5 pontos, você é um simpatizante incipiente do socioambientalismo, embora possa, também, ser um ambientalista um pouco confuso; se alcança de 6 a 10 pontos, então você está no caminho certo para ser futuramente considerado um socioambiental; se acumulou de 11 a 15 pontos, é sem dúvida um socioambientalista de fato e de direito. Com mais de 15 pontos você é um socioambientalista incurável. Se a sua pontuação foi zero ou pouco mais que isso, você é obviamente um ambientalista.

Se, em muitas das afirmações, você ficou com dúvidas, ou seja, pensou que “assim como foi colocado não é, mas, poderia ser com algumas mudanças” ou “aquilo poderia ser válido em um ou outro caso”, então você é bem-vindo ao mundo real. A verdade é que, como indicado, a linha divisória entre ambientalismo e socioambientalismo é muito tênue e assim sendo muitos a atravessam até sem perceber.

Além do mais, ser socioambientalista não é nada tão ruim para você mesmo. Até é vantagem, pois na atualidade o socioambientalismo é politicamente correto no Brasil e em grande parte do mundo. Apenas é um desastre para a natureza e para o futuro dos seres humanos.

* Foi professor e decano da Faculdade Florestal da Universidade Nacional Agrária de Lima, Peru e Diretor Geral Florestal desse país. Atualmente é Presidente da Fundação ProNaturaleza.
Artigo site O ECO 02.04.2008 – www.oeco.com.br
Artigo enviado por gentileza de: Germano Woehl Jr - Instituto Rã-Bugio

O Valor da Biodiversidade Surge de Considerações Sociais, Econômicas e Ecológicas

A taxa de desaparecimento de certos tipos de espécies, particularmente aquelas mais vulneráveis à caça, poluição e destruição de habitat, está provavelmente agora no nível mais alto de todos os tempos da história da Terra. Algumas estimativas sugerem o desaparecimento de mais de uma espécie por dia, a maioria delas insetos de florestas pluviais tropicais. Esta perda acelerada de espécies está diretamente conectada ao crescimento e à capacidade tecnológica da população humana.
Por que se preocupar? Que preocupação é essa nossa se uma espécie de besouro desaparece da América do Sul? Muitas espécies já se foram, nós realmente sentimos falta delas? De fato, a extinção ocorre normalmente nos sistemas naturais. Por que deveríamos interrompê-la?[...]
Trecho do livro: Economia da Natueza (Robert Ricklefs)

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Pesquisas científicas no Parque Nacional do Iguaçu-PR

Marina Xavier da Silva*, Apolonio N. S. Rodrigues, Jorge Luiz Pegoraro
Setor de Pesquisa Parque Nacional do Iguaçu/IBAMA
*e-mail: marina.silva@ibama.gov.br


INTRODUÇÃO
O Parque Nacional do Iguaçu - IBAMA, por meio de seu departamento de conservação e manejo, visa fomentar e expandir sua plataforma de pesquisas. Estas devem ser voltadas à geração de conhecimento sobre o parque e seus ecossistemas, disponibilizando conhecimentos para a comunidade científica e para a população de entorno da unidade; subsidiando o desenvolvimento de estratégias integradas de gestão de seus recursos naturais; e, sobretudo, contribuindo de maneira significativa para a proteção e valorização deste Patrimônio Natural da Humanidade.

OBJETIVO
O objetivo primordial do Programa de Pesquisas do Parque Nacional do Iguaçu (PNI) é proporcionar subsídios mais detalhados para a proteção, manejo e valorização da área protegida. Gerando e disponibilizando informações sobre o PNI, sejam elas dos aspectos naturais, histórico-culturais ou socioeconômicos.

METODOLOGIA
As solicitações de pesquisa são realizadas segundo formulário padrão do IBAMA e entregues a unidade de interesse onde são catalogadas e registradas. Os dados apresentados abaixo foram obtidos a partir da análise do banco de dados existente no Parque Nacional do Iguaçu.

RESULTADOS
Desde 1990, mais de 100 pesquisas já foram realizadas nesta Unidade de Conservação, sendo a maioria delas referentes à biota do ParNa Iguaçu.
Houve um incremento considerável no número de pesquisas realizadas e concluídos nos últimos 4 anos. A maioria delas foram realizadas pelas universidades do Paraná.

CONCLUSÃO
O número de pesquisas realizadas no ParNa Iguaçu vêm crescendo nos últimos anos, exigindo mudanças e melhorias nas estruturas de apoio para benefício do parque e pesquisadores. A maioria das pesquisas são realizadas por universidades do estado do Paraná, principalmente pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). É considerável o número de pesquisas pendentes (sem informações dos pesquisadores), paradas por falta de recurso ou inadimplentes com a unidade, principalmente com relação a entrega de relatórios e trabalhos finais ao Parque.

“O valor das Unidades de Conservação está na história que os seus recursos podem contar e nas lições que nós podemos aprender. Sem pesquisa nós não seremos capazes de ler a história e certamente não iremos aprender as lições.” Peek (1986) apud Wright (1992).

REFERÊNCIAS
WRIGHT, R. G. 1992. Wildlife research and management in the national parks. Chicago, University of Illinois Press. 224p.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Crime Ambiental

PF prende 61 por transporte irregular de madeira em Mato Grosso

CUIABÁ - Em nova operação para reprimir crimes ambientais na Amazônia, a Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira, em Mato Grosso, 61 acusados de integrar uma quadrilha que facilitava o transporte irregular e a exploração ilegal de madeira. O grupo, investigado desde maio, era formado por funcionários públicos estaduais, policiais rodoviários federais, madeireiros e advogados.
Entre os detidos, são suspeitos de formar o bando 29 funcionários da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), 10 da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e 12 negociantes de madeira.As prisões foram decretadas pelo juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara da Justiça Federal de Cuiabá, que acolheu pedido do Ministério Público Federal (MPF). Segundo o delegado Carlos Eduardo Fistarol, da Polícia Federal (PF), o esquema criminoso de fraude supostamente comandado pela advogada Silvana Moura Valente começava na Sema. Lá, servidores públicos estaduais envolvidos imprimiam maior agilidade nos processos de licenciamento para exploração florestal, liberando em apenas dois dias ações que demorariam até 40 dias.Em seguida, servidores do Indea adulteravam a classificação da madeira extraída, permitindo o transporte de espécies nobres como comuns, sem chamar a atenção de policiais da PRF em outros Estados. Os policiais são acusados de fazer "vista grossa" aos certificados irregulares e liberavam os caminhões com cargas de madeiras ilegais, que saíam da região norte de Mato Grosso. Por caminhão de madeira liberado, o policial de plantão envolvido receberia 500 reais.Denominada Termes - em latim, a expressão significa "verme'' - , a operação mobilizou 250 policiais federais e 20 da Força Nacional de Segurança (FNS) para cumprir ainda 58 mandados de busca e apreensão em 14 cidades do Estado. Segundo a PF, o esquema foi descoberto a partir da deflagração da Operação Arco de Fogo, que visa a reprimir os crimes ambientais na Floresta Amazônica, que consistiam na facilitação de todas as fases do processo de comercialização de madeira. Silvana e parte da quadrilha presa que ainda não constituiu advogado no processo não quiseram dar declarações.
29/04 - 19:52 - Agência Estado

Acervo Fotográfico de Apolonio Rodrigues: Biodiversidade do Iguaçu

Parque Nacional do Iguaçu - Chefe de Manejo e Conservação: Apolonio Rodrigues

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Criação de Unidade de Conservação: Compromisso com a Biodiversidade


Silviane Linque Francischetti
Tecnóloga em Gestão Ambiental
As Unidades de Conservação (UC) representam uma das melhores estratégias de proteção do patrimônio natural. Nestas áreas, a fauna e a flora são conservadas assim como os processos ecológicos que regem os ecossistemas, garantindo a manutenção do estoque da biodiversidade (IBAMA). A criação de Unidades de Conservação (UC´s) nos biomas ameaçados torna-se uma medida bastante eficiente, pois quando se estabelece uma área de conservação cria-se um compromisso para a proteção da diversidade biológica do ecossistema. Entretanto a simples criação de uma UC não cumpre seu papel, se ela não for bem conhecida, ou não apresentar bons programas de manejo e conservação da fauna e da flora. É necessário ainda, após a criação da UC, definirem-se os atores envolvidos para o planejamento das atividades desenvolvidas dentro da unidade, bem como as estratégias de manejo da sua biodiversidade, a fim de se garantir a conservação e proteção da unidade.
O antropismo em áreas naturais da Unidade, por maiores que sejam os cuidados, tem como conseqüência alguns impactos que podemos considerar inevitáveis. A simples presença do homem gera alterações das condições naturais de um ambiente, promovidas pela atividade humana.
Redutos da biodiversidade, elos indispensáveis para a manutenção dos processos ecológicos fundamentais e regiões estratégicas para pesquisas, as chamadas Unidades de Conservação são também palcos ideais para o contato do homem com a natureza preservada através de um processo que pode associar lazer, conscientização e importantes experiências de educação ambiental vivenciada.

Princípios da Biologia da Conservação e U.C.

Silviane Linque Francischetti
Tecnóloga em Gestão Ambiental



A natureza da divergência entre interesses de conservação e interesses de desenvolvimento humano é constante. Como o Parque Nacional do Iguaçu é rico em biodiversidade, mas também já se encontra em estado de insularização, sendo que esforços devem se concentrar em métodos que otimizem as redes de corredores ecológicos. Contudo, um consenso deve haver entre as áreas prioritárias para conservação e áreas que propiciem desenvolvimento socioeconômico, como acontece com o entorno e sua exploração turística. Assim, a avaliação de indicadores eficazes e capazes de revelar possíveis conflitos de conservação é uma das importantes ferramentas para a manutenção dessa biodiversidade e ecologia da paisagem do local. Por outro lado, a introdução de espécies exóticas é responsável por grandes prejuízos econômicos sociais e ambientais, facilitando uma dispersão indesejável e ameaça ecológica. A conservação da biodiversidade nos seus vários níveis é demonstrada na administração da Unidade de Conservação, que executa plenamente suas ferramentas para a conservação biológica do Parque. Principalmente considerando que essa conservação implica maior estabilidade, funcionalidade e produtividade dos ecossistemas. Um dos anseios da biologia da conservação manifesta-se no desenvolvimento de princípios teóricos e metodologias para a arquitetura natural. Padrões de diversidade são indicadores de processos populacionais e então, quando possível, ambos dados ecológicos (abundância, taxas de crescimento, demografia) e genéticos devem ser incorporados nesta arquitetura garantindo a viabilidade da conservação. A necessidade de incorporação de dados no planejamento de conservação é importante e, tais dados podem ter papel fundamental e integração na conservação, gerando como resultado final uma melhor representação e persistência de toda a biodiversidade regional, através da Unidade de Conservação, sendo citado, o Parque Nacional do Iguaçu.

Instituto Socioambiental (ISA) - Programa Xingu Contrata TÉCNICO (A) EM GESTÃO AMBIENTAL - LOCAL DE TRABALHO - CANARANA - MT

O Instituto Socioambiental é uma associação civil, sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), fundada em 22 de abril de 1994, por pessoas com formação e experiência marcante na luta por direitos sociais e ambientais. O ISA tem como missão institucional defender bens e direitos sociais, coletivos e difusos, relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos. Produz estudos, pesquisas, programas e projetos que promovam a sustentabilidade socioambiental, divulgando e defendendo a diversidade cultural e biológica do país.
O Programa Xingu visa contribuir com o ordenamento socioambiental da Bacia do Rio Xingu considerando a expressiva diversidade cultural, social, econômica e ambiental que a caracteriza e a importância do corredor de áreas protegidas de 28 milhões de hectares que inclui Terras Indígenas e Unidades de Conservação, situado ao longo do curso do rio Xingu. Desenvolve um conjunto de projetos voltados à proteção e sustentabilidade dos 24 povos indígenas e das populações ribeirinhas que habitam a região, a viabilização da agricultura familiar, adequação ambiental da produção agropecuária e proteção e recuperação das nascentes e matas ciliares das cabeceiras do Xingu no âmbito da Campanha Y Ikatu Xingu (http://www.yikatuxingu.org.br/).
O profissional terá as funções de assessorar o desenvolvimento de processos relacionados a zoneamentos ecológicos econômicos (estadual e municipal), planos diretores municipais e cadastro ambiental de propriedades, coordenando esforços voltados à adequação socioambiental de municípios e propriedades rurais na Bacia do Xingu no Mato Grosso, articulando-se com prefeituras, sindicatos, associação de produtores, movimentos, organizações e pessoas que trabalham na região.
Responsabilidades:

-Participar na elaboração de estudos e realização de análises sobre processos diagnósticos e planejamentos socioambientais nas diferentes esferas de atuação
-Produzir, sistematizar e analisar informações sobre aspectos físicos, econômicos e socioambientais da região das cabeceiras do Xingu para subsidiar os trabalhos..
-Coordenar esforços para manutenção e atualização de um banco de informações textuais e georeferenciadas sobre a dinâmica de ocupação e uso da terra da região das cabeceiras do Xingu e dos projetos em andamento.
-Manter diálogo e articulação com diferentes atores sociais da região buscando assegurar condições favoráveis ao desenvolvimento dos trabalhos.
-Elaborar projetos para captação complementar de recursos.
-Manter interlocução e elaborar relatórios para os apoiadores dos projetos relacionados.
-Participar na elaboração e execução de cursos, oficinas e seminários de formação do ISA;
-Elaborar informes periódicos sobre o andamento das atividades e projetos, avaliando e propondo melhorias para a coordenação do Programa Xingu.
-Representar o ISA em articulações com outras entidades públicas ou privadas que trabalhem com temas correlatos.
-Cumprir os procedimentos administrativos do ISA.
Perfil requerido:

- Nível superior nas áreas gestão ambiental, biológicas, florestais ou agronômicas;
-3 anos de experiência em atividades afins ao escopo do trabalho apresentado.
-Compromisso com os objetivos e valores do ISA e da Campanha Y Ikatu Xingu (vide site);
-Abertura para entender e trabalhar com as diferentes culturas da região;
-Boa organização no trabalho e habilidade para trabalhar em equipe, formar, articular e motivar os grupos;
-Conhecimento de geoprocessamento.e seus aplicativos
-Habilidades e experiências na concepção e análises quantitativas e qualitativas
-Conhecimento da legislação ambiental federal e estadual do MT
-Capacidade de comunicação e articulação política.
-Proficiência do idioma inglês
-Disponibilidade para residir em Canarana – MT e realizar viagens freqüentes.
-Ter habilitação para dirigir carro e/ou moto. Desejável ter experiência em estradas de terra.
Condições:

-Contrato CLT
-Seguro Saúde e Vida
-Jornada 40 horas semanais
-Local de trabalho - Sede no escritório do ISA em Canarana. 70% do tempo em atividades de campo e 30% no escritório.

Interessados deverão enviar e-mail com as informações abaixo, aos cuidados de André Villas-Bôas (vboas@socioambiental.org), Rodrigo Junqueira (rodrigojunqueira@socioambiental.org) e Donizete (donizete@socioambiental.org) ou pelo correio para o escritório do ISA em São Paulo, Av. Higienópolis 901 - Higienópolis – Cep. 01238-001 São Paulo - SP – até o dia 15 de maio de 2008.
a. Currículo resumido (máximo 4 páginas)
b. Carta justificando interesse e capacidades para o trabalho (com último salário e pretensão salarial)
c. Uma referência profissional (nome, cargo, instituição, telefone e e-mail)