sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Reportagem News Cientist: Como a economia está destruindo a terra
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terça-feira, 14 de outubro de 2008
Aos Mestres com carinho...
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segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Convite ITAIPU Binacional - V Cultivando Água Boa
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sexta-feira, 10 de outubro de 2008
ECOSSISTEMA DE UMA SÓ ESPÉCIE
Dentro de uma mina de ouro da África do Sul, numa fenda da rocha cheia de água, a 2,8 km de profundidade, vive a bactéria Desulforudis audaxviator - e mais ninguém. Longe da luz do sol e sem nenhuma outra criatura para lhe servir de alimento, a audaxviator ("viajante audaz", em latim: o nome é citação de uma frase latina que aparece em Viagem ao Centro da Terra, de Jules Verne) usa a radiação do urânio presente nas rochas como fonte de energia e os minerais e gases dissolvidos na água como matéria-prima para produzir tudo de que precisa, inclusive mais cópias de si mesma. Trata-se do primeiro ecossistema completo de uma espécie só já encontrado.
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terça-feira, 7 de outubro de 2008
Resenha
Em suas quase 800 páginas Quammem dá uma lição de conhecimento, engajamento e paixão profissional, além de um humor verídico ao retratar como nenhum outro o percurso da ecologia e da biogeografia dos últimos 150 anos. De Darwin e Wallace a Michael Soulé, o renomado biólogo proponente da disciplina da Biologia da Conservação, ninguém ficou de fora: Frank Preston, Edward Wilson e MacArthur e os pressupostos fundamentais da Teoria da Biogeografia de ilhas; Gilpin, Simberloff, Bierregaard e Jared Diamond, com suas discussões incansáveis sobre tamanhos de áreas protegidas (um debate científico fervilhante que na década de 1980 ficou conhecida pela sigla SLOSS, Single Large or Several Small); além de Ted Case, Willian Newmark, Thomas Lovejoy e seu projeto de Dinâmica Biológica em Fragmentos Florestais na Amazônia brasileira e Mark L. Shaffer e sua teoria sobre população viável mínima. E por aí segue já se imaginando o que podemos encontrar pela frente diante de cientistas tão renomados. E deles, tampouco suas indagações científicas mais intrigantes ou suas personalidades mais íntimas também deixaram de serem narradas. E Quammen esteve em todos os cantos por onde cada um deles passou, sofreu, aprendeu, errou e revolucionou com suas teorias, suas ações em prol do mundo natural e seus escritos que mudaram rumos das ciências e da conservação; de Galápagos à Amazônia Central; da bioestatística ao trabalho de campo mais árduo em mangues e em florestas tropicais repletas de Biriguis leishmaniosos e aranhas provocadora de febres e fobias. Quammem confessa, sofre de aracnofobia. Uma incompreensão que lhe garantiu charme e talvez um ponto a mais nesses casos de epopéias.
Mas não se engane pelo título, o Dodô (Raphus cucullatus), a ave que é o maior símbolo moderno das extinções provocadas pela espécie humana é apenas uma metáfora. Embora o assunto sobre extinções de espécies seja o tema central do livro, a narrativa vai além de um simples relato de inescrupulosos navegadores portugueses e holandeses depenando e grelhando até a extinção uma ave de uma ilha distante incapaz de voar.
Fora do mundo acadêmico e mesmo dentro dele, a Biogeografia de ilhas e suas correlatas, principalmente a Ecologia e a Biologia evolucionária, assim como a Biologia da Conservação, são temas tão sinuosos que é difícil até mesmo para um profissional articulado achar a ponta do novelo. Mas em o Canto do Dodô, David Quammen conseguiu o que Manoel Bandeira tão perfeitamente usou para definir Cecília Meireles: foi “libérrimo e exato”. Todos os modelos, todos os padrões e todas as definições que debruçada e apaixonadamente demoramos anos decifrando como partes de um hieróglifo, ali se torna claro e inteligível. É sem dúvida um livro para leigos. Mas não só; a obra lançada só agora no Brasil data de 1996, quando foi lançada nos E.U.A. e também balançou o mundo acadêmico pela sua narrativa cativante e sua aparente simplicidade. É antes de tudo um livro de aventura, uma aventura apaixonante, científica e acima de tudo fantástica pelos meandros do mundo natural, seus lugares mais insólitos e seus heróis mais vigilantes.
Vagner Carlos Canuto faz pesquisas no âmbito da biologia da conservação.
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segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Gestão de Áreas Protegidas
Este livro intitula-se "Guidelines for Applying Protected Area Management Categories" e os interessados poderão obter gratuitamente a versão digital deste documento a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2531&lang=pt
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Pobreza e Conservação: paisagens, povos e poder
Neste documento é enfatizada a importância de encontrar mecanismos econômicos que assegurem uma relação harmoniosa entre conservação e desenvolvimento, de forma a garantir um futuro sustentável.
Os interessados poderão obter a versão digital deste livro a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2441&lang=pt
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terça-feira, 23 de setembro de 2008
Gestão de bacias transfronteiriças e áreas prioritárias de conservação
Esta tese intitula-se "Identificação de Áreas Úmidas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade na Bacia da Lagoa Mirim (Brasil-Uruguai): Subsídios para Gestão Transfronteiriça" e os interessados poderão obtê-la gratuitamente a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2438&lang=pt
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segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Workshop: Manejo e Conservação de Cavernas
Assim, o GEEP-Açungui, em parceria com a Redespeleo Brasil vem realizar o Workshop de Manejo e Conservação de Cavernas - Estratégias para conservação de áreas cársticas e áreas prioritárias pra conservação de cavernas no Brasil, com abrangência nacional, visando ampliar a discussão sobre o tema entre órgãos públicos, empresas privadas, espeleólogos, estudiosos e interessados.
Data:
24 a 27 de outubro de 2008
Sede Crea-PR - Curitiba – PR
Rua Dr. Zamenhorf, 35 – Alto da Glória – Curitiba - PR
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segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Análise do Espaço Rural de uma região metropolitana
O acesso a estes documentos é gratuito e os interessados poderão obtê-los a partir dos seguintes links:
- "O Rural da Região Metropolitana de Curitiba sob a Ótica Interdisciplinar: Multidimensional e Complexo"http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2336&lang=pt
- "O Estudo da Paisagem Rural na Análise das Interações Sociedade-Natureza: Sublinhando Conflitos Ambientais no Uso da Terra de Três Municípios da Região metropolitana de Curitiba"
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2346&lang=pt
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terça-feira, 9 de setembro de 2008
US$ 1 milhão para projetos sustentáveis no Cerrado
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Produção agropecuária e ambiente
O livro intitula-se "Conciliação entre Produção Agropecuária e Integridade Ambiental: o Papel dos Serviços Ambientais", e os interessados poderão obtê-lo gratuitamente a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2348&lang=pt
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segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Silvicultura da Biodiversidade
Sobretudo em situações onde numa boa parte do território as alternativas produtivas são limitadas (como sucede em Portugal), a gestão para o incremento do valor natural do território e a sua rentabilização podem e tenderão cada vez mais a representar uma valia econômica e ambiental importante, sendo aqui discutidas diferentes formas de encarar este mercado em crescimento.
Os interessados neste documento poderão obtê-lo gratuitamente a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2345&lang=pt
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Gestão energética e ambiente
Este livro intitula-se "Energy Management and the Environment: Challenges and the Future" e os interessados poderão obtê-lo gratuitamente a partir do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2327&lang=pt
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terça-feira, 2 de setembro de 2008
3 de Setembro - Dia do Biólogo
O Planeta Agradece sua Dedicação!
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segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Corredor da Biodiversidade
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terça-feira, 26 de agosto de 2008
Educação Poluente
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Ambiente Político
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É CONVERSANDO E CONSERVANDO:DIÁLOGOS AMBIENTAIS
TARDE DE AUTÓGRAFOS COM O AUTOR
Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br) é Doutor pela Universidade deHarvard, Professor de Recursos Naturais da Universidade Estadual deLondrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor do livro Biologiada Conservação, e nos fins de semana ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP,Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em aduboorgânico e a coletar água da chuva.
HORÁRIO: 15:00 AS 17:00
LOCAL: SPE. Rua Antonina 1908 (entre Vicente Machado e Olavo Bilac)
PROMOÇÃO: SELVA PARANAENSE E SPE
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segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Biomas brasileiros não têm área suficiente para conservação da biodiversidade
PROTEÇÃO PRECÁRIA
Amazônia 20%
Mata Atlântica 7%
Cerrado 5%
Pampa Gaúcho 2,59%
Pantanal 2%
Caatinga 0,32%
Déficit de quase R$ 600 milhões
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quinta-feira, 7 de agosto de 2008
ABAIXO-ASSINADO CONTRÁRIO AS PCHS
O caso é GRAVE em SANTA CATARINA.
Vamos participar gente brasileira. Manifestem seu direito soberado ao exercício da cidadania.
Abaixo assinado CONTRA a instalação de 6 novas USINAS HIDROELÉTRICAS no Rio Cubatão em Santa Catarina..
O Rio é um dos principais abastecedores de agua para Santa Catarina e sua Bacia de extrema importancia socioambiental.
REPASSEM PARA SUAS REDES!!!!
Convidamos todos os que são contrários à construção de seis PCHs no Vale das Termas a assinarem o abaixo-assinado em prol da preservação ambiental da região:
http://www.riosvivos.org.br/canal.php?canal=16&mat_id=12303
Favor divulgarem!
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segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Brasil ganha primeira estrada 'amiga dos animais'
As mortes de animais por atropelamento são consideradas hoje a segunda maior causa de perda de biodiversidade da fauna em todo o planeta, atrás apenas da redução de ambientes naturais. No estado do Espírito Santo a construção de uma estrada 'amiga dos animais' busca mudar essa situação.
A rodovia, que corta três unidades de conservação, conta com profissionais que a cada 90 minutos percorrem a estrada recolhendo e identificando os animais atropelados. A intenção é entender os padrões dos acidentes para assim elaborar novas maneiras de lidar com o problema.
Nos Estados Unidos, atualmente, 1 milhão de vertebrados são atropelados por dia nas rodovias do país. No Brasil, apesar de não existirem estimativas sobre o número de animais mortos nessa situação, acredita-se, pela extensão do país e pela existência de muitos ambientes cortados por estradas, que o índice também seja elevado.
Além da morte provocada pelos acidentes, alguns dos principais efeitos das rodovias e ferrovias para a fauna silvestre são a perda, a fragmentação e a perturbação dos hábitats naturais; a poluição; e o fato de as estradas representarem barreiras que podem isolar populações.
Mas os atropelamentos de animais silvestres podem ter conseqüências trágicas também para os humanos. Levantamento feito no Canadá, em 2003, para a Diretoria Canadense para o Transporte Seguro, revelou que, dos 1.253 acidentes envolvendo animais (inclusive domésticos) ocorridos no país de 1996 a 2000, 20 deles resultaram também em mortes humanas.
Os danos materiais decorrentes desses acidentes chegaram a mais de US$ 106 milhões. No Brasil, recentemente, foi noticiada em Goiás, a morte de um motociclista que colidiu com uma capivara. E a freqüência de acidentes deste tipo deve ser alta no território brasileiro.
Programa pioneiro
Apenas uma rodovia brasileira realiza o monitoramento sistemático de animais silvestres atropelados: a rodovia ES-060, conhecida como Rodovia do Sol, que liga Vitória e Guarapari, no Espírito Santo.
O trecho onde o monitoramento é realizado tem 57,7 km e é administrado (sob concessão) pela empresa RodoSol. A coleta dos animais atropelados é feita por inspetores de tráfego da concessionária, que percorrem toda a rodovia a cada 90 minutos, de dia ou de noite, todos os dias do ano.
Entre maio de 2001 e fevereiro de 2007 o programa registrou o atropelamento de 1.222 animais de 171 espécies, como o ouriço-cacheiro e a suaçubóia.
As aves são as que mais morrem na rodovia (44,4% das coletas), mas os números referentes a anfíbios, mamíferos e répteis também são significativos.
Entre as espécies identificadas, 23 tiveram 10 ou mais indivíduos mortos. Somadas, elas perderam 860 indivíduos. Portanto, apenas 13,4% das espécies respondem por 70,3% dos corpos coletados, destacando-se a cobra-d'água e a coruja-buraqueira como as duas espécies mais afetadas.
Foram atropelados de cinco a nove indivíduos de outras 23 espécies (que, juntas, representam 12,9% do total registrado), e um a quatro indivíduos das 125 espécies restantes (somando 16,7% dos indivíduos mortos).
Existe, portanto, significativa concentração de indivíduos mortos em poucas espécies e elevado número de espécies que tiveram poucos indivíduos atropelados.
A Rodovia do Sol apresenta às suas margens diferentes formações florestais e áreas urbanizadas. A comparação entre o número de atropelamentos e as formações florestais mostrou padrões bastante variados, uma vez que há grandes diferenças entre os ambientes naturais ao longo da estrada.
Porém, quando se considera toda a rodovia, percebe-se que o maior número de atropelamentos ocorre nas áreas onde existem ambientes naturais dos dois lados, pois os animais continuam a passar de um lado para outro em suas atividades de busca por alimento, abrigo ou parceiros.
Constatou-se ainda que 58,4% espécies atropeladas (110, do total de 171) são capazes de sobreviver em áreas que margeiam locais ocupados pela população humana, e podem ser encontradas tanto no ambiente natural quanto no urbano.
Para que as espécies silvestres sejam protegidas, é necessário realizar estudos de longo prazo sobre os atropelamentos de animais em estradas. Só assim será possível avaliar a eficácia dos instrumentos de proteção atuais e desenvolver novas técnicas que permitam, algum dia, evitar ou reduzir uma das maiores causas de extermínio da fauna silvestre no mundo e equilibrar a relação das espécies silvestres com os usuários das rodovias.
O Brasil conta hoje com um grupo de trabalho formado por pesquisadores, técnicos do Ibama e outros especialistas, que tem como principal objetivo definir ações prioritárias para diminuir as mortes de animais silvestres e de pessoas nas rodovias brasileiras. (Fonte: Andreas Kiekebusch / Jornal do Brasil)
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quinta-feira, 31 de julho de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Recado importante aos alunos da Pós
Prezados alunos,
No próximo módulo, dia 25 e 26/07 teremos aula teórica na sexta e prática no sábado pela manhã, no Zoológico Municipal. A aula será de Contenção Física e Química p Biometria em animais silvestres, solicito portanto que venham com jaleco de preferência escuro e calçado apropriado. Informo também que no sábado a aula será marcada direto no Zoológico e portanto quem tiver problemas de ônibus para voltar para FAG me avise para eu poder tomar as devidas providências.
Qualquer problema por favor entrem em contato.
Att,
Elaine Ap. W. Kronbauer
Coordenadora da Pós Graduação Biologia da Conservação
Faculdade Assis Gurgacz - FAG
(45) 33213900/3928
(45) 91353577
www.fag.edu.br
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domingo, 13 de julho de 2008
Vídeo - Biologia da Conservação FAG: Aula Prática- Módulo Biodiversidade e espécies invasoras- Drª. Sílvia Ziller
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quinta-feira, 10 de julho de 2008
Curso de comportamento e bem estar animal
VALORES: R$: 25, 00 (associados Selva) e R$ 40,00 (não associados)
INSCRIÇÕES: ZOO DE CASCAVEL
SELVA PARANAENSE
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terça-feira, 8 de julho de 2008
Protegendo as Onças-Pintadas e a Mata Atlantica
Como uma pesquisa de preservação de felinos virou um dos maiores projetos para salvar florestas do país
Juliana Arini, do Pontal do Paranapanema (SP)
"Não tem emoção maior do que atirar em uma onça", diz o caçador Carlos Roberto Platero. Ele segue pela trilha em uma das últimas porções de mata preservada de Ivinhema, em Mato Grosso do Sul. Os cães são os olhos de Platero na floresta. Eles são treinados para farejar e cercar as onças. A caminhada é interrompida por uma seqüência de uivos. O caçador coloca a espingarda nas costas e desaparece na trilha na direção do barulho. Alguns metros adiante, encontra uma onça-pintada, que subiu na copa de uma árvore. Está acuada pelos cães. Platero aponta seu rifle para o animal e o derruba com um tiro preciso. "Aí, a caçada acabou", diz.
Ele conseguiu capturar uma fêmea de onça-pintada, o terceiro maior felino do mundo. "Pegamos a Tina", afirma Laury Cullen, engenheiro florestal do Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê). "Já encontramos essa onça antes". Ele e Platero são antigos companheiros de caçada. Juntos já capturaram mais de 30 onças. Mas não são caçadores tradicionais. Eles não matam os animais. O tiro disparado continha um dardo paralisante. Tina foi apenas anestesiada.
A caçada faz parte de um programa que está mudando a forma de criar reservas florestais no Brasil. Agora, os pesquisadores seguem os animais antes de desenhar os mapas das áreas a ser protegidas. A captura serve para colocar um colar na onça, que emite sinais de rádio e permite monitorar seus deslocamentos por satélite. Tina é um dos animais que os pesquisadores estudam a distância. O objetivo da última caçada era trocar o equipamento que ela carregava havia três anos. Os dados dos colares, repassados para os computadores dos cientistas, desvendam os caminhos seguidos pelos felinos. "É como se perguntássemos a eles que regiões são importantes para viverem", diz Cullen.
"Graças a essas pesquisas, descobrimos que as onças não vivem apenas nos refúgios de florestas", afirma. "Elas se aventuram muito. Por isso é comum vê-las caminhando perto de fazendas e cidades". Com essa informação, os pesquisadores perceberam que havia um erro na forma tradicional de criar áreas protegidas. "Essa metodologia resultava na formação de reservas florestais isoladas. Verdadeiras ilhas com uma natureza muito rica, mas desconectadas umas das outras." A falta de ligação dessas áreas foi reconhecida como o grande obstáculo para a reprodução dos animais e plantas. "A troca genética limitada a um território pequeno também pode resultar em ondas de extinção. Ou, pior, aumentar os casos de atropelamento nas estradas entre as reservas quando um animal resolve migrar de uma área para outra em busca de parceiros".
A caçada às onças já ajudou a formar um corredor de 2.500 km de matas que vai de São Paulo até o Uruguai
"Quando vimos os mapas resultantes do monitoramento, decidimos romper com a velha prática de criar reservas naturais por estudos feitos em escritórios", afirma Cullen. O novo modelo proposto pelo Ipê segue o conceito dos corredores naturais, junções de áreas que incluem, além dos remanescentes de matas, todas as áreas por onde circulam os animais – o que engloba fazendas, margens de estradas e regiões urbanas. Foram mais de dez anos para chegar a um modelo ideal. Como resultado, o monitoramento das onças produziu um dos maiores programas nacionais para salvar a Mata Atlântica, a vegetação mais ameaçada do país.
A primeira conquista dos pesquisadores foi traçar uma área contínua que junta remanescentes de floresta ao longo de uma linha com 2.500 quilômetros de extensão. Esse corredor florestal começa em São Paulo e segue até a fronteira do Brasil com o Uruguai. Alguns blocos já são áreas de conservação. Outras devem ser criadas para juntar os pedaços do que foi batizado de Corredor de Biodiversidade do Alto Paraná. A preocupação com as onças traz benefícios extras. Ela ajuda a preservar a vegetação que protege os mananciais do Sul e do Sudeste, o que contribui para garantir o abastecimento de água de cidades onde vivem quase 55% da população brasileira. As pesquisas do Ipê também ajudam a preservar outras espécies de animais e plantas. "Escolhemos colocar os rádios-colares nas onças porque elas estão no topo da cadeia ecológica. Por onde esses felinos circulam, sempre há bichos menores, como porcos-do-mato e antas", diz Cullen.
Passado o obstáculo de unir os fragmentos de florestas e salvar os animais, surgiu um novo problema. Como garantir a sobrevivência das onças em uma região densamente povoada por humanos? O primeiro obstáculo a vencer foi a resistência dos fazendeiros. Os pecuaristas são históricos inimigos das onças. Afinal, elas invadem os pastos para atacar o gado. Uma onça pode devorar até 40 bezerros por ano. Para evitar o prejuízo, muitos pecuaristas contratam caçadores. Ironicamente, foi a chegada desses produtores rurais às áreas de florestas que transformou as onças em caçadoras de bois. O desmatamento para a formação de pastagens fez os animais de pequeno porte desaparecer e o gado os substituiu como a principal fonte de proteína dos grandes felinos. "Já matei muita onça para pecuarista do Pantanal", diz o caçador Platero. "Mas agora só trabalho com os pesquisadores. Eu prefiro: vivo a mesma emoção da caçada, mas não preciso matar". O desafio da equipe do Ipê era mudar a consciência não só do caçador, mas também dos proprietários de terras.
Como convencer os fazendeiros de que as onças não são uma ameaça? "No começo pensei em desistir. Colocar um radar no pescoço de uma pintada parecia mais fácil", diz Cullen. Para sorte das onças, os cientistas tiveram a idéia de fazer um pacto com os criadores de bois. Os pesquisadores começaram a plantar árvores para os pecuaristas. Como a grande maioria dos proprietários de terras do Sul e do Sudeste destruiu mais florestas do que a lei permite, eles têm a obrigação legal de reflorestar. Do contrário, ficam sujeitos a multas e à restrição de créditos agrícolas. Ajudar esses fazendeiros a recuperar suas matas foi o foco da parceria. Em troca, os fazendeiros deixam as onças vivas. O acordo foi bem-sucedido porque passa por uma lógica matemática. Replantar 1 hectare de floresta pode custar até R$ 8 mil, enquanto um bezerro vale cerca de R$ 300. "No final, percebemos que o prejuízo que as onças causam com o gado é pequeno", diz o pecuarista Osmar Cirino Lopes, da Fazenda Ponte Branca, em Teodoro Sampaio. "É um acordo bom para os dois lados".
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sexta-feira, 4 de julho de 2008
Lançamento Histórias Impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores
sobre trabalhos acadêmicos e seus autores
156 pg
13 x 19 cm
ISBN 978 85 99144 05 3
Editora PLANTA
R$ 28,00
Há alguns anos tive que contar muitas delas para uma classe com uma data iminente de entrega de um trabalho, e percebi que as histórias eram tantas que estava começando a esquecer algumas. Daí resolvi juntar e organizar tudo aquilo, pensando também nos tantos alunos aflitos mundo afora.
O ilustrador Orlando Pedroso da Folha de São Paulo foi o primeiro a ler o livro para criar suas imagens. Se este livro criar na sua mente a mesma riqueza de imagens que criou na do Orlando, ele cumpriu sua finalidade.
Uma das histórias impublicáveis é dos meus tempos em Harvard, quando tive que adquirir uma casca, uma proteção contra o lado destrutivo da crítica. Aquilo era o Festival Internacional de Crítica. Criticava-se o que se conhecia e o que nunca se tinha ouvido falar. Criticava-se para fazer amigos e inimigos... Meu grande esforço então era tentar ouvir o conteúdo delas, independente de suas variadas origens: vontade sincera de contribuir, inveja, precaução, despeito...
Ao longo de décadas lidando com trabalhos acadêmicos, acompanhei muitas histórias se repetindo. Uma novela muito parecida com a sua está aqui dentro e melhor ainda, incluindo os próximos capítulos.
Efraim
Somente 100 exemplares (autografados)
R$ 21,40 com remessa incluída.
Folheie o livro aqui
(use seu mouse no canto para virar as páginas)
Veja como fazer seu pedido aqui
Site da editora PLANTA
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quinta-feira, 5 de junho de 2008
Dia Mundial do Meio Ambiente
5 de junho, dia mundial do meio ambiente: festa ou réquiem?
Sempre que vem chegando esse dia, muitas instituições se preparam para comemorar. Feiras, exposições, atividades de plantio de árvores, oficinas, cursos, enfim um grande cardápio de opções é oferecido. E vendo isso, sempre me pergunto: o que essas ações pulverizadas trazem? Será que quem as organiza, quem as freqüenta sabe do que se trata, sabe das questões complexas envolvidas? Sabe realmente o que está acontecendo no planeta?
Para muitos, essas atividades são só para constar. Entram no calendário escolar, no das instituições, e acabam sendo diluídas no mar de tarefas, fora do contexto real que provocaria reflexões sobre o dia e seu significado.
Esse nome, em nossa língua, já é esquisito: meio-ambiente. Duas palavras que significam a mesma coisa, e se o meu português não está enferrujado demais, é um pleonasmo. Vêm-me duas coisas à cabeça: ou é erro mesmo, vício de linguagem, ou um ato falho que quer frisar a importância que se tem que dar à questão.
Falo em ambiente e englobo qualquer coisa. Principalmente aquilo que interessa, em diferentes graus de profundidade, ao ser humano. E no meio desses interesses, está a conservação da natureza, na maioria das vezes no fim da fila.
A relação entre conservar a natureza e manter o planeta Terra viável para as espécies que o compõem é tão intrínseca, que é esquecida. Paradoxo? Não sei. Respirar é fundamental para os seres vivos, humanos inclusive. Mas nenhum ser tem consciência de sua respiração, da importância disso, enquanto respira. A gente só toma consciência da respiração quando tem dificuldade em respirar. Só percebe como a saúde é importante quando a perde. E acho que aí pode residir a chave do entendimento dessa relação estapafúrdia que o ser humano estabeleceu com a natureza: só presto atenção quando incomoda. E quando incomoda, vou tentar combater os sintomas, não as causas. Fico na superficialidade, não busco a essência.
E qual a essência da questão? A natureza tem que ser preservada, para que a vida seja possível. Vida só do ser humano? Posso até pensar assim. Mas para que o ser humano sobreviva, é necessário que milhões de outras espécies também sobrevivam, cada uma cumprindo uma função, fazendo parte de um quebra-cabeças intrincado, complexo e impossível de remontar se desmanchado.
Alguns poucos exemplos da superficialidade? Dia do meio ambiente, dia de falar de poluição de água. Fala-se em controle de poluição industrial, doméstica, do agronegócio. Mas não se fala que se eu não preservar florestas, vegetação das nascentes, não vou ter água suficiente sequer pra poluir.
Dia de falar de reciclagem. Mas não se fala que a meta deveria ser nem ter material para reciclar, porque lixo, qualquer lixo, é recurso natural seqüestrado, que jamais vai voltar para seu local de origem para ser reincorporado e voltar a fazer parte da estrutura do sistema que o originou. Complicado? É.
Simplificar demais as coisas, em muitos casos, desvia a atenção das causas, que devem ser combatidas. Aqui cabe o mesmo exemplo de causas e sintomas de doença.
Essa simplificação, o modelo econômico que adotamos, nosso afastamento deliberado ou não das causas do problema leva à noção de que a natureza é um grande supermercado. Num supermercado, pego o meu carrinho, vou retirando produtos da prateleira; se por acaso passo num local e não tem um determinado produto, aguardo um pouco que alguém repõe. Se faz uso da natureza com o mesmo espírito: retiro tudo o que quero, ponho no carrinho, e quando falta, espero que alguém reponha. Só que na natureza, dependendo da quantidade, da intensidade e da velocidade com que retiro os produtos da “prateleira”, eu destruo, inviabilizo os processos ecológicos essenciais responsáveis pela reposição dos “produtos” na “prateleira”. E aí, já era, usando uma expressão bem popular.
E estamos colecionando um monte de “já era”, faz tempo. Com relação a espécies que se extinguiram, sistemas naturais que desapareceram, com toda sua complexidade de espécies e interações. Muitos estão agonizando. E estamos cada vez mais, sentindo os efeitos dessa agonia.
Então, temos que finalmente acordar para uma realidade que foi e está sendo construída por nós. Uma construção que cada vez mais põe em risco a sobrevivência do planeta.
Precisamos encarar as causas, ter coragem para mudar o que precisa ser mudado, ir com o dedo na ferida e buscar a cura – para as causas, não só para os sintomas.
Isso se faz individualmente, com atos simples no dia a dia, que estão nos folhetos distribuídos inclusive nas comemorações do dia do meio ambiente; e coletivamente, como sociedade atenta, combativa e pró-ativa, que tem que mostrar aos nossos dirigentes que conservar nossa natureza é questão de sobrevivência. Que quer fazer isso. E isso tem que ser feito agora, para que esse planeta, tal qual o conhecemos e amamos, tenha realmente um futuro.
* Maísa Guapyassú é engenheira florestal e analista de projetos da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.
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quinta-feira, 29 de maio de 2008
Conservação voltada para as Pessoas
por Peter Kareiva e Michelle Marvier
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domingo, 25 de maio de 2008
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Brasil é vaiado em conferência ambiental por causa de biocombustíveis
21/05/2008 - 12h05
Por Gilberto Costa, da Rádio Nacional da Amazônia
Brasília - Diplomatas brasileiros que negociam acordos ambientais na 9ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP-9), foram vaiados nesta terça-feira (20) durante a reunião, que acontece em Bonn, na Alemanha, após votarem contra o "princípio da precaução" na produção dos biocombustíveis.
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quarta-feira, 21 de maio de 2008
Indicação de leitura
APRENDENDO A LIÇÃO DE CHACO CANYON: do “Desenvolvimento Sustentável” a uma Vida Sustentável, por Fernando Fernandez
Gostaria de lhes pedir 30 minutos de seu tempo para a leitura atenta do texto de Fernando Fernandez, disponível a partir deste link: http://www.spvs.org.br/download/reflexao15.pdf .
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III Encontro Regional de Agroecologia
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sexta-feira, 2 de maio de 2008
Alunos da Pós-Graduação em Biologia da Conservação visitam Ilha Grande
Fonte: http://www.fag.edu.br/
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quinta-feira, 1 de maio de 2008
Socioambientalista?
por Marc Dourojeanni*
e-mail: editor@oeco.com.br
Não existe uma definição acadêmica concreta do socioambientalismo, porém lendo aquilo que os que o praticam escrevem sobre eles mesmos, se deduz que é, concretamente, “um ambientalismo com consciência social”. Quem escreve sabe, por certo, que há muitas formas bem mais complexas de definir essa tendência e, sem dúvida, os críticos desta nota se encarregarão de chamar a atenção sobre as mesmas, poupando o autor de fazê-lo agora.
A dialética socioambiental usa e abusa de clichês que fazem correr sério risco de enfarte coronário os ambientalistas sem caráter muito forte e grande amplitude de espírito. Um dos mais comuns é afirmar que as unidades de conservação foram feitas triturando os direitos das populações locais e massacrando as que se opuseram. Outra frequentemente reiterada, é que as áreas protegidas são uma imposição do imperialismo americano aplicada no terceiro mundo pelos seus lacaios, ou seja, os ambientalistas. Foi evidentemente um socioambientalista, diga-se de passagem, um cidadão norte americano, que inventou o slogan “parques de papel”, tão usado pelo socioambientalismo para denegrir os esforços de se conservar amostras da natureza. Mas deixando de lado esses impropérios usados pelos extremistas, a linha divisória entre socioambientalismo e ambientalismo não é sempre clara.
Nesta nota é apresentado um simples questionário, baseado em 20 afirmações, que pretende ajudar aos leitores que assim desejam fazê-lo, a determinar seu grau de socioambientalismo. Cada afirmação, se analisada com sinceridade, resulta numa resposta quer seja afirmativa ou negativa. Cada resposta positiva vale um ponto. Essas características são:
1)Não conhece ou não compreende bem a definição de ecologia, mas acredita firmemente ser um “ecologista” ou, pelo menos, um defensor dela, e que sabe tudo o que precisa saber, por exemplo, sobre biodiversidade.
2)Não obstante considera que muitos conceitos da ecologia, como “dinâmica de populações” ou “espécie chave” ou “endemismos” são termos cabalísticos, que os ambientalistas usam para confundi-lo durante as discussões.
3)Tem fobia aos eucaliptos porque são exóticos e porque são cultivados por grandes empresas e você justifica invadir e destruir plantações e experimentos dessa espécie argumentando que esteriliza os solos e reduz a biodiversidade, esquecendo convenientemente que o mesmo faz uma plantação de cana de açúcar, dendê, banana ou soja, entre outras espécies, que também são exóticas.
4)Acha que a caça esportiva, ou com fins comerciais, é depredatória, além de cruel e nojenta, mas está convicto que a caça praticada pelas populações tradicionais é uma benção para as presas. Também acredita que essas populações nunca caçam até a exaustão das presas e que só caçam para consumo próprio.
5)Tende a ser contrário ao desmatamento da Amazônia, exceto quando este é realizado nos assentamentos rurais do governo, nas invasões dos “agricultores sem terra” ou praticado por povoadores tradicionais ou por outros agricultores protegidos pelos bispos, freiras ou outras mãos santas.
6)Você não se preocupa muito pela expansão da agricultura em qualquer lugar, exceto se nela se usam plantas transgênicas, mas você não sabe por que os transgênicos são ruins ou perigosos; no entanto está convencido que os selos das empresas transnacionais dos produtos transgênicos lhe provocam indigestão.
7)Tem convicção de que os ambientalistas são todos brancos, ricos e direitistas, que têm aversão aos pobres, aos que sempre impõem sem conversa nem consideração suas socialmente insensíveis vontades “verdes”.
8)Também acredita que os ambientalistas amam mais os bichos do mato, em especial as onças, que a seus próprios filhos e que tudo isso de “espécies indicadoras da saúde do ecossistema” é conversa para boi dormir.
9)A sua bíblia é o desenvolvimento sustentável, uma teoria tão utópica que você seguramente não a compreende. Nisso, você não está sozinho, pois muitos dos principais pensadores do mundo tampouco conseguiram explicar a lógica que sugere que o crescimento não tem limites naturais ou, mais simplesmente, que é possível consumir o que se tem e seguir tendo o que se consumiu.
10)Acredita, contrariando até o senso comum, que a presença humana na natureza aumenta a diversidade biológica e aprimora o ambiente e, por isso, infere que a natureza sem gente está condenada a desaparecer. Também pondera que como não existe realmente uma natureza intocada não precisa mais se preocupar com o fato de protegê-la.
11)Consequentemente tem aversão às unidades de conservação sem gente morando dentro ou explorando-as e, assim, faz tudo o que pode para introduzir mais habitantes nos parques nacionais e reservas biológicas, dando prioridade a índios, quilombolas e populações tradicionais.
12)Acredita que a legislação, em especial a ambiental, não é para ser cumprida pelos pobres e reconhece que, na prática, obedecer à lei é só para a minguada classe média, pois está acostumado a aceitar que os ricos tampouco a cumprem.
13)Assim, por exemplo, você é a favor da ocupação de áreas de preservação permanente por vivendas de pobres urbanos, inclusive nas beiras dos mananciais ou, pelo menos, está resignado a que assim seja.
14)Está convencido que os índios são mais sábios que os demais seres humanos, sem excluir aos que usam telefone celular para coordenar invasões de seus concidadãos paraguaios nas unidades de conservação do Sul do Brasil.
15)Acredita firmemente que o socioambientalismo é uma iniciativa brasileira ou latina americana e ignora, obviamente, que a sua origem é cem por cento de imperialistas, essencialmente dos EUA e da Europa ocidental e de organizações internacionais das mais direitistas que existem inspiradas na realidade da Ásia tropical.
16)Considera que no local onde moram mais de dez famílias afro-descendentes deve-se estabelecer um quilombo e que se deve conceder a eles a mesma extensão de terra que você supõe que teriam, se seus antepassados tivessem ficado na África.
17)Tem ódio fundamentalista pela energia nuclear e tampouco gosta das usinas hidroelétricas, mas tem e quer ter mais eletricidade na sua casa, embora proteste pelo seu custo elevado, apesar de saber que outras alternativas energéticas são ainda mais caras.
18)É um defensor radical do uso de biocombustíveis (exceto se são de origem transgênica), mas nunca fez o balanço ambiental da produção desses produtos para saber se eles realmente são uma opção ecológica, social e economicamente viável.
19)Você aprova a necessidade de audiência pública para criar unidades de conservação para proteger a natureza em beneficio da sociedade nacional, no entanto acha normal não exigir audiência pública para desmatar dezenas de milhares de hectares para estabelecer especulações agrícolas ou pecuárias privadas.
20)Está convencido que o Chico Mendes é o principal herói da conservação da natureza da história do Brasil.
Se a soma das suas respostas ao questionário alcançou 5 pontos, você é um simpatizante incipiente do socioambientalismo, embora possa, também, ser um ambientalista um pouco confuso; se alcança de 6 a 10 pontos, então você está no caminho certo para ser futuramente considerado um socioambiental; se acumulou de 11 a 15 pontos, é sem dúvida um socioambientalista de fato e de direito. Com mais de 15 pontos você é um socioambientalista incurável. Se a sua pontuação foi zero ou pouco mais que isso, você é obviamente um ambientalista.
Se, em muitas das afirmações, você ficou com dúvidas, ou seja, pensou que “assim como foi colocado não é, mas, poderia ser com algumas mudanças” ou “aquilo poderia ser válido em um ou outro caso”, então você é bem-vindo ao mundo real. A verdade é que, como indicado, a linha divisória entre ambientalismo e socioambientalismo é muito tênue e assim sendo muitos a atravessam até sem perceber.
Além do mais, ser socioambientalista não é nada tão ruim para você mesmo. Até é vantagem, pois na atualidade o socioambientalismo é politicamente correto no Brasil e em grande parte do mundo. Apenas é um desastre para a natureza e para o futuro dos seres humanos.
* Foi professor e decano da Faculdade Florestal da Universidade Nacional Agrária de Lima, Peru e Diretor Geral Florestal desse país. Atualmente é Presidente da Fundação ProNaturaleza.
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O Valor da Biodiversidade Surge de Considerações Sociais, Econômicas e Ecológicas
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quarta-feira, 30 de abril de 2008
Pesquisas científicas no Parque Nacional do Iguaçu-PR
Marina Xavier da Silva*, Apolonio N. S. Rodrigues, Jorge Luiz Pegoraro
Setor de Pesquisa Parque Nacional do Iguaçu/IBAMA
*e-mail: marina.silva@ibama.gov.br
INTRODUÇÃO
O Parque Nacional do Iguaçu - IBAMA, por meio de seu departamento de conservação e manejo, visa fomentar e expandir sua plataforma de pesquisas. Estas devem ser voltadas à geração de conhecimento sobre o parque e seus ecossistemas, disponibilizando conhecimentos para a comunidade científica e para a população de entorno da unidade; subsidiando o desenvolvimento de estratégias integradas de gestão de seus recursos naturais; e, sobretudo, contribuindo de maneira significativa para a proteção e valorização deste Patrimônio Natural da Humanidade.
OBJETIVO
O objetivo primordial do Programa de Pesquisas do Parque Nacional do Iguaçu (PNI) é proporcionar subsídios mais detalhados para a proteção, manejo e valorização da área protegida. Gerando e disponibilizando informações sobre o PNI, sejam elas dos aspectos naturais, histórico-culturais ou socioeconômicos.
METODOLOGIA
As solicitações de pesquisa são realizadas segundo formulário padrão do IBAMA e entregues a unidade de interesse onde são catalogadas e registradas. Os dados apresentados abaixo foram obtidos a partir da análise do banco de dados existente no Parque Nacional do Iguaçu.
RESULTADOS
Desde 1990, mais de 100 pesquisas já foram realizadas nesta Unidade de Conservação, sendo a maioria delas referentes à biota do ParNa Iguaçu.
Houve um incremento considerável no número de pesquisas realizadas e concluídos nos últimos 4 anos. A maioria delas foram realizadas pelas universidades do Paraná.
CONCLUSÃO
O número de pesquisas realizadas no ParNa Iguaçu vêm crescendo nos últimos anos, exigindo mudanças e melhorias nas estruturas de apoio para benefício do parque e pesquisadores. A maioria das pesquisas são realizadas por universidades do estado do Paraná, principalmente pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). É considerável o número de pesquisas pendentes (sem informações dos pesquisadores), paradas por falta de recurso ou inadimplentes com a unidade, principalmente com relação a entrega de relatórios e trabalhos finais ao Parque.
“O valor das Unidades de Conservação está na história que os seus recursos podem contar e nas lições que nós podemos aprender. Sem pesquisa nós não seremos capazes de ler a história e certamente não iremos aprender as lições.” Peek (1986) apud Wright (1992).
REFERÊNCIAS
WRIGHT, R. G. 1992. Wildlife research and management in the national parks. Chicago, University of Illinois Press. 224p.
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terça-feira, 29 de abril de 2008
Crime Ambiental
PF prende 61 por transporte irregular de madeira em Mato Grosso
Entre os detidos, são suspeitos de formar o bando 29 funcionários da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), 10 da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e 12 negociantes de madeira.As prisões foram decretadas pelo juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara da Justiça Federal de Cuiabá, que acolheu pedido do Ministério Público Federal (MPF). Segundo o delegado Carlos Eduardo Fistarol, da Polícia Federal (PF), o esquema criminoso de fraude supostamente comandado pela advogada Silvana Moura Valente começava na Sema. Lá, servidores públicos estaduais envolvidos imprimiam maior agilidade nos processos de licenciamento para exploração florestal, liberando em apenas dois dias ações que demorariam até 40 dias.Em seguida, servidores do Indea adulteravam a classificação da madeira extraída, permitindo o transporte de espécies nobres como comuns, sem chamar a atenção de policiais da PRF em outros Estados. Os policiais são acusados de fazer "vista grossa" aos certificados irregulares e liberavam os caminhões com cargas de madeiras ilegais, que saíam da região norte de Mato Grosso. Por caminhão de madeira liberado, o policial de plantão envolvido receberia 500 reais.Denominada Termes - em latim, a expressão significa "verme'' - , a operação mobilizou 250 policiais federais e 20 da Força Nacional de Segurança (FNS) para cumprir ainda 58 mandados de busca e apreensão em 14 cidades do Estado. Segundo a PF, o esquema foi descoberto a partir da deflagração da Operação Arco de Fogo, que visa a reprimir os crimes ambientais na Floresta Amazônica, que consistiam na facilitação de todas as fases do processo de comercialização de madeira. Silvana e parte da quadrilha presa que ainda não constituiu advogado no processo não quiseram dar declarações.
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Acervo Fotográfico de Apolonio Rodrigues: Biodiversidade do Iguaçu
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Parque Nacional do Iguaçu - Chefe de Manejo e Conservação: Apolonio Rodrigues
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segunda-feira, 28 de abril de 2008
Criação de Unidade de Conservação: Compromisso com a Biodiversidade
Silviane Linque Francischetti
Redutos da biodiversidade, elos indispensáveis para a manutenção dos processos ecológicos fundamentais e regiões estratégicas para pesquisas, as chamadas Unidades de Conservação são também palcos ideais para o contato do homem com a natureza preservada através de um processo que pode associar lazer, conscientização e importantes experiências de educação ambiental vivenciada.
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Princípios da Biologia da Conservação e U.C.
Silviane Linque Francischetti
Tecnóloga em Gestão Ambiental
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Instituto Socioambiental (ISA) - Programa Xingu Contrata TÉCNICO (A) EM GESTÃO AMBIENTAL - LOCAL DE TRABALHO - CANARANA - MT
-Participar na elaboração de estudos e realização de análises sobre processos diagnósticos e planejamentos socioambientais nas diferentes esferas de atuação
-Produzir, sistematizar e analisar informações sobre aspectos físicos, econômicos e socioambientais da região das cabeceiras do Xingu para subsidiar os trabalhos..
-Coordenar esforços para manutenção e atualização de um banco de informações textuais e georeferenciadas sobre a dinâmica de ocupação e uso da terra da região das cabeceiras do Xingu e dos projetos em andamento.
-Manter diálogo e articulação com diferentes atores sociais da região buscando assegurar condições favoráveis ao desenvolvimento dos trabalhos.
-Elaborar projetos para captação complementar de recursos.
-Manter interlocução e elaborar relatórios para os apoiadores dos projetos relacionados.
-Participar na elaboração e execução de cursos, oficinas e seminários de formação do ISA;
-Elaborar informes periódicos sobre o andamento das atividades e projetos, avaliando e propondo melhorias para a coordenação do Programa Xingu.
-Representar o ISA em articulações com outras entidades públicas ou privadas que trabalhem com temas correlatos.
-Cumprir os procedimentos administrativos do ISA.
- Nível superior nas áreas gestão ambiental, biológicas, florestais ou agronômicas;
-3 anos de experiência em atividades afins ao escopo do trabalho apresentado.
-Compromisso com os objetivos e valores do ISA e da Campanha Y Ikatu Xingu (vide site);
-Abertura para entender e trabalhar com as diferentes culturas da região;
-Boa organização no trabalho e habilidade para trabalhar em equipe, formar, articular e motivar os grupos;
-Conhecimento de geoprocessamento.e seus aplicativos
-Habilidades e experiências na concepção e análises quantitativas e qualitativas
-Conhecimento da legislação ambiental federal e estadual do MT
-Capacidade de comunicação e articulação política.
-Proficiência do idioma inglês
-Disponibilidade para residir em Canarana – MT e realizar viagens freqüentes.
-Ter habilitação para dirigir carro e/ou moto. Desejável ter experiência em estradas de terra.
-Contrato CLT
-Seguro Saúde e Vida
-Jornada 40 horas semanais
-Local de trabalho - Sede no escritório do ISA em Canarana. 70% do tempo em atividades de campo e 30% no escritório.
Interessados deverão enviar e-mail com as informações abaixo, aos cuidados de André Villas-Bôas (vboas@socioambiental.org), Rodrigo Junqueira (rodrigojunqueira@socioambiental.org) e Donizete (donizete@socioambiental.org) ou pelo correio para o escritório do ISA em São Paulo, Av. Higienópolis 901 - Higienópolis – Cep. 01238-001 São Paulo - SP – até o dia 15 de maio de 2008.
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